Quinta da Fata, Quinta das Queimas e Adega de Penalva foram os grandes vencedores do concurso “Feira do Vinho do Dão — Grande Prémio Eng. Alberto Vilhena”. A atribuição dos prémios decorreu na última sexta-feira, na abertura da 31.ª edição da Feira do Vinho do Dão, com a particularidade de este ano, pela primeira vez, terem ido a concurso vinhos rosados.
A Quinta da Fata recebeu a medalha de ouro na categoria de melhor vinho tinto com o Quinta da Fata Reserva 2017. A mesma distinção mas na categoria de melhor vinho branco foi atribuída à Quinta das Queimas, com o vinho Queimas Field Blend 2020. E o vinho Adega de Penalva Colheita 2021 valeu Ouro na categoria melhor vinho rosado à Adega de Penalva.
De acordo com a autarquia de Nelas, município que organiza a Feira do Vinho do Dão e o concurso, este reuniu 34 produtores, todos inscritos na feira (que contou com um total de 45 produtores) — esse era um dos requisitos, o outro era os vinhos terem Denominação de Origem Dão. Em 2019, na última edição presencial da feira e do concurso antes da paragem forçada pela pandemia de covid-19, tinham participado apenas 23 produtores.
O certame tem como objectivo reconhecer, divulgar e celebrar a qualidade e potencial dos vinhos da região demarcada do Dão, bem como homenagear Alberto Cardoso Vilhena, o primeiro e único director do Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão até à data e o técnico que começou a estudar as castas no Dão. Foi ele quem tornou possíveis muitos dos ensaios e observações efectuadas nos campos experimentais da Quinta da Cale e em vinhas da região na segunda metade do século XX. E foi ele quem viu o potencial da casta branca Encruzado.
Em declarações ao Terroir, o presidente da Câmara de Nelas, Joaquim Amaral, destacou “a novidade dos dez rosados” e o crescimento do número de produtores que estão a trabalhar essa categoria. E disse estar “já a perspectivar a próxima edição” do concurso, que pretende que seja alargado aos espumantes feitos no Dão.
O concurso teve como director técnico Luís Lopes, jornalista de vinhos e director da revista especializada Grandes Escolhas, e contou com outros jornalistas especializados, enólogos, técnicos do sector vitivinícola e professores do Instituto Politécnico de Viseu. As provas do concurso decorreram “num espaço icónico, a Casa dos Tavares”, no centro de Nelas, no mesmo largo onde foi inaugurada a obra de requalificação da Estátua do Escanção, que será única no mundo. “Personifica também a região do Dão”, sublinha Joaquim Amaral, que em 2023 quer continuar a “elevar a um patamar mais profissionalizado” o concurso.
Neste concurso de 2022, foram entregues as seguintes medalhas de honra:
Brancos
Adega de Penalva Reserva 2020 (Adega de Penalva)
Fora de Estrada Preliminar 2020 (Altitude Wines)
Índio Rei Grande Reserva 2018 (Amora Brava)
Casa de Santar Reserva 2019 (Casa de Santar)
Dona Sancha 2021 (Quinta Dona Sancha)
Cabriz Reserva 2020 (Quinta de Cabriz)
Munda 2019 (Quinta do Mondego)
Borges Reserva Dão 2019 (Vinhos Borges)
Definido Vinhas Velas Carlos Raposo 2019 (Carlos Raposo — Vinhos Imperfeitos)
Tintos
Adega da Corga Grande Reserva 2013 (Adega da Corga)
Psique 2016 (Amora Brava)
Villa Oliveirinha Vinhas das Pedras Altas 2015 (Casa da Passarella)
Casa de Santar Reserva 2017 (Casa de Santar)
Julia Kemper 2011 (Julia Kemper)
Munda 2015 (Quinta do Mondego — Munda)
Dona Sancha Vinha da Avarenta 2020 (Quinta Dona Sancha)
Quinta dos Carvalhais Reserva 2019 (Sogrape)
Picos do Couto Grande Escolha 2015 (Tavfer Vinhos)
Rosados
Castelo da Azurara 2021 (Adega de Mangualde)
Caminhos Cruzados 2020 (Caminhos Cruzados)
Casa da Passarella À Descoberta Rosado 2021 (Casa da Passarella)
Casa de Santar 2020 (Casa de Santar)
Elpenor 2021 (Julia Kemper)
Quinta do Mondego 2021 (Quinta do Mondego)
Terras de Santo António 2021 (Quinta de Santo António)
Quinta dos Carvalhais 2021 (Quinta dos Carvalhais)
Meia Encosta 2021 (Vinhos Borges)