Rússia impõe sanções a Ben Stiller e Sean Penn por causa do apoio à Ucrânia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo incluiu os nomes dos actores numa nova lista de 25 cidadãos norte-americanos, aos quais também proíbe a entrada na Rússia.

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O actor e realizador Sean Penn (à direita) num encontro com o Presidente da Ucrânia, em Kiev, em Junho UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE via Reuters

A Rússia anunciou sanções às estrelas de Hollywood Ben Stiller e Sean Penn, nesta segunda-feira, em resposta às críticas públicas tecidas por ambos à guerra de Moscovo contra a Ucrânia.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo incluiu os nomes dos actores numa nova lista de 25 cidadãos norte-americanos — na sua maioria políticos, funcionários da Administração Biden e executivos industriais — aos quais, além de impor sanções, proíbe a entrada na Rússia.

Tanto Ben Stiller, mais conhecido pelos seus papéis em comédias, como Sean Penn, que logo nos primeiros dias da invasão russa viajou até Kiev para filmar os acontecimentos, têm sido veementes no seu apoio à Ucrânia e tanto um como outro estiveram com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Numa reunião em Kiev, em Junho, transmitida pela televisão, Stiller, estrela de Zoolander, Um Sogro do Pior e A Vida Secreta de Walter Mitty, declarou a Zelensky: "É o meu herói!".

Já Penn, duas vezes vencedor do Óscar, esteve na Ucrânia a gravar um documentário quando a Rússia invadiu o país em 24 de Fevereiro. Foi forçado a fugir a pé, juntando-se aos milhões de ucranianos que atravessaram a fronteira para a Polónia nos primeiros dias da guerra.

Desde então, tem sido um apoiante incondicional de Zelensky (até ameaçou derreter os dois troféus da Academia), tendo regressado à Ucrânia em Junho para se encontrar com o líder ucraniano. Penn também visitou Bucha e Irpin, zonas urbanas em que foram apontadas atrocidades contra civis pelas forças russas. E Zelensky agradeceu publicamente a Penn o seu apoio.

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O actor de Hollywood e Embaixador da Boa Vontade Ben Stiller encontrou-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Kiev, a 20 de Junho de 2022 Ukrainian Presidential Press Service via REUTERS

A Rússia nega visar civis no que chama uma “operação militar especial” para proteger os ucranianos russófonos de perseguição e desarmar uma ameaça ocidental à sua segurança. Kiev e a maioria do Ocidente dizem que se trata apenas de desculpas para uma guerra.

As sanções congelam quaisquer bens russos que os que constam da lista detenham, proíbem os cidadãos russos de negociar com os visados e proíbem as viagens para a Rússia.

Além dos dois actores, a lista inclui a secretária do Comércio dos EUA, Gina Raimondo, quatro secretários adjuntos do Comércio e seis senadores dos EUA.