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Neste estúdio de fotografia centenário conta-se a história do Gana em 50 mil imagens
Deo Gratias é um estúdio de fotografia da família Bruce-Vanderpuije, que desde 1922 foi guardando imagens que dão agora origem a um arquivo com 50 mil fotografias. Uma forma de conhecer a história de Gana, desde o século XX até à actualidade.
Em Acra, no Gana, um pequeno estúdio de fotografia familiar com 100 anos mostra a história do país através de placas de vidro e arquivos digitais de vários eventos e retratos pessoais, vividos e fotografados pela família Bruce-Vanderpuije durante três gerações.
O estúdio Deo Gratias nasceu pelas mãos do fotógrafo ganês J.K. Bruce-Vanderpuije, em 1922, e até à actualidade a família foi acumulando neste espaço a maior colecção de fotografias de Gana do século XX do mundo. O arquivo tem 50 mil imagens e todas elas representam um olhar único da transição entre a capital de uma época colonial até a uma movimentada metrópole moderna.
“A história que estas fotografias contam é a história [do Gana]”, refere Kate Tamakloe, neta de J.K. Bruce-Vanderpuije e actual proprietária do estúdio, à Reuters.
As várias fotografias expostas no local dão conta da cidade Jamestown, em Acra, onde fica localizado o estúdio, como uma área que já foi muito mais calma antes de ser invadida nas ruas pelo trânsito e pelos painéis publicitários.
Rostos de famílias de Acra, músicos famosos e políticos também fazem parte da exposição de fotografias que está nas paredes do estúdio. Uma fotografia a preto e branco de Kwame Nkrumah, o primeiro líder do Gana a conquistar a independência do país em 1957, uma outra fotografia da rainha Isabel II do Reino Unido e outra do ex-Presidente norte-americano Richard Nixon são alguns dos exemplos de imagens expostas no Deo Gratias.
Este pequeno arquivo começou como uma missão de digitalização e desde então tornou-se num trabalho a tempo inteiro que Kate Tamakloe espera poder passar para a próxima geração quando chegar a altura.
Isaac Bruce-Vanderpuije, pai de Kate e filho de J.K. Bruce-Vanderpuije, conta que J.K. de deve “sentir orgulhoso por ver que durante 100 anos algo foi preservado e que a próxima geração pode ver o que aconteceu neste local”. Kate acrescenta ainda que o trabalho do avô não ficará por aqui.