Ministro homenageia bombeiros e expressa solidariedade “incondicional”

José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, esteve no Peso da Régua, onde homenageou a corporação local de bombeiros.

Foto
“Homenagear os bombeiros de Peso da Régua é igualmente homenagear os bombeiros portugueses em todo o território nacional”, disse José Luís Carneiro Nuno André Ferreira/Lusa

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, expressou hoje uma solidariedade “incondicional” para com os bombeiros que combatem os incêndios, um trabalho que ainda está “a meio” e contra o qual não se pode “baixar a guarda”.

O ministro associou-se à homenagem que o município do Peso da Régua, no distrito de Vila Real, prestou à Real Associação Humanitária dos Bombeiros, a corporação que há 141 anos serve o concelho. A cerimónia aconteceu no dia em que a Régua assinala os 37 anos de elevação a cidade.

“Homenagear os bombeiros de Peso da Régua é igualmente homenagear os bombeiros portugueses em todo o território nacional”, sublinhou o ministro, no seu discurso. José Luís Carneiro referiu que a sua presença nesta cerimónia é um sinal de “admiração por esta energia e vitalidade que demonstram”, mas também um “sinal de solidariedade neste período muito crítico de incêndios em todo o país”.

O governante explicou que não tem estado presencialmente nos locais onde se têm travado esses combates devido à recomendação da Comissão Técnica Independente que analisou os incêndios de 2017, de que os membros do Governo não devem deslocar-se aos teatros de operações no decurso desses trabalhos, sob pena de serem desviadas atenções daquilo que é essencial nesses momentos, que é mesmo o combate às chamas.

“E, por isso, o nosso acompanhamento do evoluir de cada incêndio é permanente, mas não nos teatros de operações. E, sobretudo, a nossa solidariedade para com os homens e mulheres que travam esse combate é incondicional. Como é incondicional a nossa solidariedade para com as populações afectadas”, frisou.

José Luís Carneiro disse, no entanto, que se está “ainda a meio deste combate”. “Temos ainda muitas semanas pela frente em que não podemos, em momento algum, baixar a guarda”, sublinhou.

Este Verão, acrescentou, “tem sido particularmente exigente” para o sistema de Protecção Civil, “com incêndios de grandes dimensões combatidos em condições muito adversas de temperatura, baixa humidade e ventos fortes”, condicionantes meteorológicas que “têm feito com que vários incêndios progridam no terreno de forma muito rápida”.

“Em todos eles, assistimos à notável coragem de todos os agentes que integram o Dispositivo de Combate a Incêndios Rurais. Mas cada uma e cada um de nós tem de ser parte activa também neste combate que é de todos, evitando comportamentos de risco”, salientou.

O ministro da Administração Interna apontou às previsões meteorológicas que dizem que “os factores propícios à propagação dos incêndios vão, infelizmente, manter-se, com ventos secos e noites quentes, associados a uma seca extrema com que o país está confrontado”.

“Deixo, por isso, mais uma vez, este forte apelo para que evitemos todo e qualquer comportamento que possa dar origem a um incêndio”, reforçou.

Por fim, o ministro afirmou-se atento às “justas expectativas e anseios dos bombeiros portugueses”, sublinhando que “é objectivo do Governo, ao longo da legislatura, dar especial atenção à Protecção Civil e ao reforço e edificação de condições humanas e materiais necessárias ao bom desempenho operacional dos corpos de bombeiros”.