FC Porto procura triunfo em Vizela no 300.º jogo de Sérgio Conceição
Treinador volta a contar com Otávio, mas apenas garante que os “dragões” iniciarão o jogo com onze futebolistas.
Depois da entrada retumbante em 2022/23, com a conquista da Supertaça e a goleada sobre o Marítimo, o FC Porto desloca-se este domingo (18h, SPTV1) a Vizela em busca de um triunfo que lhe permita conservar a liderança do campeonato e oferecer a Sérgio Conceição uma tarde inesquecível no 300.º jogo na Liga.
Para não ser surpreendido, o treinador portista muniu-se de toda a informação disponível para avaliar a evolução do adversário, que acredita estar “mais sólido”, como provou no jogo com o Rio Ave, em que apresentou um manifesto do que pode ser a segunda temporada dos minhotos na primeira Liga.
“Conhecemos as características do Vizela. Analisámos o que fez na pré-época. Fomos ver tudo. Na primeira jornada ganhou num daqueles campos difíceis. Mas o FC Porto está preparado para assumir a despesa do jogo e, com a qualidade individual e colectiva, somar três pontos”, declarou.
Sérgio Conceição foi confrontado com as soluções de que dispõe depois das saídas de jogadores nucleares, especialmente Fábio Vieira e Vitinha, o que o levou a garantir que os “dragões”, salvo qualquer cataclismo, apresentarão onze jogadores de início.
“Estou satisfeito com o que me dão diariamente, a seriedade e dedicação no trabalho, sempre no limite, para que possa ter dores de cabeça na hora de escolher a equipa”, enfatizou.
As opções serão da responsabilidade do técnico, que volta a dispor de Otávio e tem apenas um lesionado (Manafá), pelo que se perspectivam mudanças na formação titular, onde as principais novidades têm sido Grujic e Danny Loader.
O técnico elogiou um “grupo sadio”, em que todos acabam “sempre por dar uma resposta positiva”, sublinhando que o mais importante é ter as características e o estado de espírito certos, reconhecendo que em termos de adaptação é mais fácil para quem já tem experiência do futebol português “perceber o que é ser Porto”.
A fechar a conferência, confrontado com a perda de jogadores e com a possibilidade, dadas as características muito específicas dos “ex-dragões”, de as alterações poderem influenciar a criatividade da equipa, Sérgio Conceição aproveitou para relativizar os dramas do futebol e colocar em perspectiva o verdadeiro sentido da vida, deixando uma palavra de conforto à família de Fernando Chalana - “um génio, dos maiores de sempre do futebol português, o que não é coisa pouca” -, extensível ao universo benfiquista, reforçando a importância das perdas reais, como a do fisiologista da equipa, Eduardo Oliveira, de luto pelo pai, e ainda os valores cívicos violentados de “forma gratuita” em Guimarães “por delinquentes”.