Covid-19: incidência mantém-se elevada, mas com tendência para baixar
R(t) continua inferior a 1 em todo o país, com excepção da Região Autónoma dos Açores, indicando uma tendência de diminuição de novas infecções.
A covid-19 em Portugal mantém uma incidência elevada, embora com tendência decrescente, e o número de internamentos e mortalidade associada à doença tende igualmente a diminuir, refere esta sexta-feira o relatório semanal de monitorização da situação epidemiológica.
O relatório, elaborado por técnicos da Direcção-Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), destaca que deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica devido à covid-19, recomendando “a manutenção das medidas de protecção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente destas medidas à população”.
Segundo o documento, que data de quarta-feira e é divulgado semanalmente todas as sextas, a incidência apresentou uma tendência decrescente a nível nacional, à excepção da Região Autónoma dos Açores, que apresentou uma tendência crescente.
O número de novos casos por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos sete dias, foi de 191 casos.
A linhagem BA.5 da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 (que causa a covid-19) continua a ser “claramente dominante” em Portugal, sendo responsável por 97% das infecções na semana entre 25 de Julho e 31 de Julho.
“Esta linhagem tem revelado uma maior capacidade de transmissão, a qual é potencialmente mediada por mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou pela sua capacidade de evasão à resposta imunitária”, pode ler-se.
O índice de transmissibilidade – R(t) – continua inferior a 1 em todo o país, com excepção da Região Autónoma dos Açores, indicando uma tendência de diminuição de novas infecções.
A mortalidade específica por covid-19 situa-se nos 12,6 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, com uma tendência decrescente. “A mortalidade por todas as causas encontra-se acima do limite superior do valor esperado para a época do ano”, aponta o relatório.
O número de internamentos hospitalares em unidades de cuidados intensivos (UCI) no território continental apresentou uma tendência decrescente, “correspondendo a 16,9% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.
O rácio entre o número de pessoas internadas e infectadas foi de 0,22, indicando “uma menor gravidade da infecção, à semelhança do observado desde o início de 2022”. A 8 de Agosto, registavam-se 43 doentes internados em UCI, sendo o grupo etário dos 60 aos 79 anos, com o maior número de casos (24).
A percentagem de testes positivos para o SARS-CoV-2 observada entre 2 de Agosto e 8 de Agosto foi de 20,7%, com tendência decrescente, tal como o número de testes realizados face ao período anterior, tendo sido feitos menos 11.054 testes.
Entre 3 de Março de 2020 e 8 de Agosto de 2022, Portugal totalizou 5.367.273 casos de infecção, dos quais 348.547 são suspeitos de ser reinfecções, ou seja, 6,5% dos casos.