7 dias, 7 fugas: do passeio à romaria, com artes e sabores na via

Aqui há francesinhas em Setúbal, tigelada em Proença-a-Nova e Verde Melão em Famalicão. Sem esquecer uma volta ao Baixo Alentejo, a Festa da História em Bragança, a Romaria Senhora d’Agonia em Viana do Castelo e a arte de Fazunchar em Figueiró dos Vinhos.

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Setúbal recebe o Festival de Francesinhas Nelson Garrido
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Bragança entra na Festa da História Joana Gonçalves
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Festival da Tigelada em Proença-a-Nova DR
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Viana do Castelo volta a enfeitar-se para receber a Romaria Senhora d’Agonia DR
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Figueiró dos Vinhos a Fazunchar DR
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Famalicão brinda ao Verde Melão Adriano Miranda

Sábado, 13: Setúbal à grande e à francesinha

Da beira-Douro à margem Sul do Tejo, uma especialidade gastronómica da Invicta volta a apresentar-se como estrela de um festim. Fazendo honras à origem da iguaria e satisfazendo o apetite de quem está longe das casas típicas, o Festival de Francesinhas está pronto a servir quem passa pelo Largo José Afonso, em Setúbal.

A iniciativa decorre até 15 de Agosto, num recinto com esplanada comum, levando à mesa os cardápios de cinco restaurantes portuenses com créditos nestas lides: Cufra, I Love Eat Francesinhas, Alicantina, Taberna Portuense e Mirone – este último de Gaia, traz no prato mais um dos emblemas nortenhos: os cachorrinhos portuenses.

As portas estão abertas das 12h às 15h e das 18h às 23h; cada dose individual custa 10€ (excepção para as versões vegan).

Domingo, 14: volta ao Baixo Alentejo

Beja, Mértola, Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Barrancos, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Moura, Ourique, Serpa, Vidigueira e Odemira. São estas as paragens da Volta ao Baixo Alentejo em 14 Dias, um roteiro turístico e musical guiado pelos Virgem Suta.

O grupo de Nuno Figueiredo e Jorge Benvinda pôs Beja no mapa da mais curiosa música feita em Portugal e tem vindo a mostrar uma pop que é mesmo abreviatura de popular, sem prejuízo da sofisticação observadora e do bom tom boémio. Agora, entrega-se a uma aventura documentada em vídeo, com a guitarra numa mão e a estrada na outra, a marcar o traço ao Alentejo real. A cada cidade, a sua canção: às notas culturais junta-se a banda sonora do duo, onde entram temas como Dança de balcão, Mula da agonia, Maria Alice, Regra geral ou Tomo conta desta tua casa.

O passeio pode ser acompanhado no canal YouTube da banda onde, a cada dia, até 14 de Agosto, é divulgada uma paragem do périplo.

Segunda, 15: Bragança a contar a História

Bragança, século XIV. Pelas ruas da cidadela há soldados que guardam o castelo, gatunos à espreita de bolsos alheios, mercadores que entoam pregões. Quem quiser entrar nesta Festa da História, que promete uma viagem ao ano de 1371, pode ainda dar de caras com cavaleiros e princesas, videntes, demonstrações de falcoaria, danças do povo, torneios, jogos infantis, artes circenses, esgrima, ofícios tradicionais, cortejos e iguarias da época.

Marcada pela invasão das tropas castelhanas e a retoma da sua posse (e paz) após a assinatura do Tratado de Alcoutim, selada pelos reis D. Fernando e D. Henrique II de Castela, esta edição realiza-se entre 12 e 15 de Agosto, do meio-dia à meia-noite (excepto sexta, em que abre portas às 18h). A entrada é livre.

Terça, 16: Proença-a-Nova de água (e tigelada) na boca

Entre 12 e 28 de Agosto, há tigelada à mesa de duas dezenas de restaurantes de Proença-a-Nova.

A cortesia vem do Festival da Tigelada organizado pela autarquia, que põe o doce típico do concelho no topo da lista de sobremesas (caçoulos personalizados incluídos) e ainda habilita os comensais a prémios como um fim-de-semana, uma refeição, cabazes ou uma visita ao Centro Ciência Viva da Floresta. Tudo com usufruto na terra, claro está, para alimentar a ligação à região e a vontade de voltar. A lista de estabelecimentos aderentes pode ser consultada em www.cm-proencanova.pt.

Quarta, 17: de Viana, com coração inteiro

Viana do Castelo volta a enfeitar-se para receber a festa que, todos os anos, atrai milhares de visitantes à cidade – excepção feita nos últimos dois anos, em que a tradição teve de ser vivida com restrições e à distância.

A Romaria Senhora d’Agonia é fruto de uma devoção antiga dos pescadores à Virgem, a quem pediam auxílio nas horas de maior aflição. Apesar de ainda ter muito do carácter religioso inicial, mantendo as procissões e celebrações eucarísticas, a festa extravasa esse âmbito e prima por um programa (detalhado aqui) onde se incluem cabeçudos, gigantones, bombos, desgarradas, artesanato, música, fogo de artifício, tapetes floridos e desfiles dos famosos trajes, tecidos com a história e folclore minhoto e ourados com as tradicionais peças de joalharia da região.

Tem lugar reservado no calendário para os dias 17 a 21 de Agosto e promete fazer jus ao carimbo de “maior romaria de Portugal”.

Quinta, 18: Figueiró dos Vinhos a Fazunchar

Murais a adornar paredes e paisagem, residências artísticas, concertos, ilustração, jornal de cordel, visitas guiadas, conversas, workshops, um piquenique comunitário e um jardim de flores de papel espalhado pelas ruas do centro histórico.

É o Fazunchar a voltar a acontecer em Figueiró dos Vinhos, inspirado na essência e na cartilha que lhe deu forma: “uma experiência de partilha, de encontro e de (re)descoberta entre pessoas, arte e território”. A quarta edição decorre entre 13 e 21 de Agosto e põe nomes como Mariana, a Miserável, Lourenço Providência, Alba Fabre Sacristán, Slim Safont, Arashida Vasconcelos, Silly, João Pedro Vala ou Papercutz a dar tinta e alma ao cartaz (aprofundado aqui). A organização está, mais uma vez, a cargo da Mistaker Maker - Plataforma de Intervenção Artística.

Sexta, 19: Famalicão brinda ao Verde Melão

“Com melão vinho bom, com melancia água fria”. A fazer fé na crença popular, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão junta na mesma festa o melão casca de carvalho e o vinho verde.

Instalada na Praça-Mercado Municipal, entre 19 e 21 de Agosto, a iniciativa Verde Melão propõe-se a conjugar “o sabor único e apimentado” desta variedade do fruto (também conhecida como melão-champanhe, pela sua efervescência) com “o refrescante” néctar da região. Na montra, além dos três produtores de melão (Aires Mesquita, Augusto Martins e Joaquim Gonçalves) e de outros tantos de vinho (Casa Agrícola de Compostela, Vinhos Castro e Frutivinhos), estão expositores de fumeiro, produtos regionais, harmonizações, um showcooking com o chef Álvaro Costa e animação musical.

Aberto das 17h às 24h (sábado, a partir das 16h), com entrada livre.

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