Direita italiana aproxima-se dos 50% das intenções de voto

A coligação que junta Giorgia Meloni, Matteo Salvini e Silvio Berlusconi, e que ainda poderá ser alargada, surge quase inatingível, a mês e meio das eleições em Itália.

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Salvini, que começou a pré-campanha em Lampedura, está a subir nas sondagens CLAUDIO PERI/EPA

Com as possíveis alianças ainda por definir completamente – principalmente à esquerda, mas não só –, os três partidos que formam a coligação de direita/extrema-direita, mais duas pequenas formações que já se lhes juntaram, chegam aos 48,2% de intenções de votos. A confirmarem-se os dados da sondagem feita pelo instituto Quorum/YouTrend para a Sky TG24, as eleições antecipadas de 25 de Setembro em Itália terminarão com uma maioria muito confortável, algo surpreendente depois de várias em que nem a contagem dos votos chegou para declarar vencedores e vencidos inequívocos.

Segundo a mesma sondagem, divulgada esta terça-feira (há outros inquéritos a confirmarem as mesmas grandes tendências), o Partido Democrático (principal formação de centro-esquerda) confirma-se como segundo mais votado, com 22,3%, atrás apenas do Irmãos de Itália (extrema-direita), de Giorgia Meloni, a mais bem colocada para chefiar o próximo governo. Mas considerando os partidos que já se aliaram ao PD, o centro-esquerda não chega aos 30%, somando 29,3%.

Estes resultados explicam-se com ligeiras subidas da Liga, partido de extrema-direita de Matteo Salvini, e do Força Itália, a formação de Silvio Berlusconi. Ao mesmo tempo, o PD perde votos em relação ao anterior inquérito – em que se apresentava coligado ao Azione, um pequeno partido liberal e europeísta que rasgou o acordo negociado dias antes em resposta à aliança do PD com o bloco Esquerda Italiana/Europa Verde e que agora é cortejado por Berlusconi.

De fora das grandes coligações, o partido mais votado é o Movimento 5 Estrelas (anti-sistema), com 10,6% das intenções de voto, um resultado ligeiramente acima das sondagens mais recentes, mas a um mundo de distância dos resultados de 2018, quando obteve mais de 32% e foi o partido mais votado tanto na Câmara dos Deputados como no Senado.

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