Incêndio de Vila Pouca de Aguiar dominado desde as 21h30

O fogo que lavrava desde quarta-feira no município de Vila Pouca de Aguiar, em Vila Real, foi dado como dominado esta sexta pelas 21h30, após trabalhos de rescaldo e vigilância durante o dia.

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Moradores de Vila Pouca de Aguiar também ajudaram a combater as chamas LUSA/PEDRO SARMENTO COSTA

O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Revel, Vila Pouca de Aguiar, foi dado como dominado pelas 21h30 desta sexta, segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Vila Real.

Pelas 20h, num balanço aos jornalistas, o comandante distrital de operações de socorro de Vila Real (CODIS), Miguel Fonseca, tinha antecipado que a “situação estava bem mais calma”, que as “coisas correram como o planeado” e que o fogo poderia ser dominado em breve. Durante todo o dia, vários meios aéreos e máquinas de rasto ajudaram os operacionais no terreno. As operações de consolidação, rescaldo e vigilância continuam esta noite.

No sábado, de acordo com Miguel Fonseca, manter-se-á também uma “presença bastante forte de operacionais” para prevenir reactivações.

Segundo a autarquia, Vila Pouca de Aguiar perdeu cerca de 4000 hectares de pinhal, mato e culturas agrícolas nos dois grandes incêndios que lavraram no concelho nas duas últimas semanas, com um prejuízo financeiro elevado para as populações locais.

“Com prejuízos muito significativos. Estamos a falar de uma área de pinhal adulto muito significativa, com pinheiros com mais de 20 anos e muitas dessas áreas com intervenções recentes, mas que não foram suficientes, devido aos ventos que tivemos, para evitar a propagação do incêndio”, afirmou esta sexta o presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado.

Segundo o site da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), o fogo mobilizava, pelas 22h, 317 operacionais e 93 viaturas.

O alerta inicial foi dado às 17h14 de quarta-feira, em Revel, e, em pouco tempo, verificou-se uma grande mobilização de meios para esta ocorrência que teve uma progressão muito rápida em zona de pinhal e chegou a avançar em três frentes.

Miguel Fonseca disse que o combate foi dificultado pelas condições meteorológicas, altas temperaturas durante o dia e ventos fortes e com constantes variações. “Durante a noite fomos encontrando algumas oportunidades de consolidação, mas houve também variação de vento nestas duas últimas noites, o que também dificultou o processo”, referiu.

Este é o segundo grande incêndio numa semana neste concelho. O fogo que deflagrou no dia 17 de Julho, em Cortinhas, Murça, evoluiu para Vila Pouca de Aguiar e queimou uma vasta área de pinhal e mato, ainda soutos, vinha e pastos.

Às 22h desta sexta-feira estavam activos em Portugal cinco incêndios: em Arcos de Valdevez (Viana do Castelo); dois em Amarante (Porto); Baião (Porto); e Fafe (Braga). Nenhum era considerado uma "ocorrência importante" pela Protecção Civil.

No total estavam no terreno perto de 850 operacionais e 250 veículos, a grande maioria em operações de rescaldo e vigilância.