As taxas Euribor recuaram esta sexta-feira ligeiramente, mas com impacto muito reduzido no valor acumulado ao longo do mês. Como se esperava, a taxa Euribor a três meses terminou Julho com um valor médio mensal positivo, o primeiro em mais de sete anos – e apesar de só ter atingido o primeiro valor positivo diário no passado dia 14.

A média mensal das Euribor é utilizada para os novos créditos à habitação associados a esta taxa, neste caso para os que forem contratados em Agosto, e que são utilizados para as renovações periódicas dos contratos já existentes.

A média mensal do prazo a três meses, que praticamente já não é utilizado nos novos créditos, dada a preferência pelos prazos mais longos, fixou-se em Julho em 0,037%, um valor que contrasta com os -0,239% da média de Junho. Face a Janeiro (-0,545%), a recuperação de valor é superior a 0,50 pontos percentuais.

A Euribor a seis meses, a mais presente no universo de mais de 1,4 milhões de contratos de crédito à habitação, fixou-se em Julho em 0,466%, bem acima dos -0,162% de Junho, e contra -0,529% de Janeiro do corrente ano.

Por último, a 12 meses encostou a 1%, mais precisamente 0,992%, muito longe dos -0,505% do arranque do ano.

Em termos de valor diário, a Euribor a três meses despediu-se de Julho em 0,232%, a seis meses em 0,653%, e a 12 meses em 0,921% – esta última já atingiu 1,2% durante o mês. Estes valores correspondem a máximos de oito, no prazo mais curto, e 10 anos, nos mais longos.

As taxas Euribor são fixadas pela média das taxas a que um conjunto alargado de bancos está disponível para emprestar dinheiro entre si. O seu valor é particularmente influenciado pelas decisões do Banco Central Europeu, que acaba de fazer o primeiro aumento das suas taxas directoras em mais de 10 anos.