Lucro da REN sobe 16% para 45,9 milhões

Terminal de Sines, que é explorado pela REN, recebeu um recorde de 39 navios metaneiros entre Janeiro e Junho e foi responsável por 99% do abastecimento de gás ao país.

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O presidente da REN, Rodrigo Costa Miguel Manso

O resultado líquido da REN subiu 16% no primeiro semestre do ano para 45,9 milhões de euros, apesar do aumento de impostos de 6,3%, para 53,2 milhões de euros, e de menores incentivos regulados na electricidade (menos 9,7 milhões de euros).

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa que gere as redes energéticas nacionais destaca a evolução positiva do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA), que melhorou 4,6%, para 238,4 milhões de euros, “reflectindo o desempenho positivo em Portugal e o aumento da contribuição do negócio no Chile (mais 3,7M€) para os resultados”.

A empresa presidida por Rodrigo Costa refere que o primeiro semestre foi “caracterizado por desafios operacionais importantes”, entre eles a guerra na Ucrânia, a pressão sobre o abastecimento de gás na Europa, a situação grave de seca e o acelerar do ritmo de desenvolvimento de novas infra-estruturas de suporte à transição energética, mas frisa que “a actividade desenrolou-se de forma positiva”.

“A qualidade do serviço, à semelhança do ano anterior, manteve-se em níveis extremamente elevados, tanto ao nível de percas na rede, como ao nível da disponibilidade de electricidade e de gás natural, como à capacidade de resposta a situações de emergência na distribuição de gás natural”, assinala a empresa.

A REN também destaca que neste período em que a produção eléctrica a gás natural abasteceu 31% do consumo, atingindo “o valor mais elevado de sempre para o primeiro semestre”, o terminal de gás natural liquefeito (GNL) Sines atingiu o seu recorde de número de operações de transbordo.

O abastecimento de gás natural ao país foi feito “de forma praticamente integral [99%]” a partir desta infra-estrutura, com o saldo de trocas através da interligação com Espanha a registar “um valor praticamente nulo”.

De Janeiro a Junho, “Sines recebeu 39 navios, um novo recorde máximo semestral, face aos 34 navios verificados em período homólogo de 2019”.

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