PSP vai testar unidades móveis de atendimento no Porto no sábado

Sobre o fecho parcial do atendimento na esquadra no Infante, no centro histórico, o ministro disse que aquele estabelecimento tinha “uma média, por dia, de sete atendimentos” realizados por 12 polícias.

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Há falta de meios na PSP Paulo Pimenta

A polícia do Porto testará, no sábado, um modelo de unidades móveis de atendimento, anunciou nesta segunda-feira o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, justificando o encerramento parcial do atendimento na esquadra do Infante com a baixa afluência.

Em declarações aos jornalistas após uma reunião nas instalações do Comando Metropolitano da PSP no Porto, José Luís Carneiro disse que a polícia vai “avançar com unidades móveis de atendimento”.

“Iremos encetar essa experiência no próximo dia 30 de Julho, sábado, pelas 12 horas, e queremos que essas unidades móveis de atendimento se desloquem nos locais onde há maior afluxo de turismo”, explicou o ministro.

O ministro da Administração Interna vai ainda reunir-se nesta segunda-feira com o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, nos Paços do Concelho.

Nesse âmbito, o governante disse ainda que pretende “dar seguimento a uma proposta” do autarca independente de utilizar espaços como Lojas do Cidadão e postos de atendimento aos turistas para “criar unidades de atendimento com recurso aos espaços municipais”.

“Se as autarquias de freguesia assim o quiserem, podemos criar também essas unidades de atendimento nas freguesias”, uma vez que “há matérias que são de cariz administrativo, que não são de natureza criminal”, permitindo libertar “recursos humanos para poderem estar no patrulhamento”, disse José Luís Carneiro.

Relativamente à polémica relacionada com a esquadra no Infante, no centro histórico da cidade, cujo atendimento ao público encerrou parcialmente, José Luís Carneiro disse que aquele estabelecimento tinha “uma média, por dia, de sete atendimentos” realizados por 12 polícias.

Dizendo que a comandante do Comando Metropolitano do Porto, Paula Peneda, “tomou a decisão de manter o patrulhamento”, José Luís Carneiro classificou-a como “uma boa decisão, dado que, como se vê, os números assim o justificam e assim o fundamentam”.

“É uma prática já com alguns anos, não é nada de novo. Foi novo na esquadra do Infante, mas nas outras esquadras não é nada de novo, pelo menos há mais de cinco anos que essa experiência se desenvolve”, completou, comparando o funcionamento às das escalas das farmácias.

No domingo, em declarações à Lusa, o presidente da Câmara do Porto reagiu ao edital publicado naquela esquadra da baixa do Porto, no qual se lê que “por imperativos de ordem operacional o serviço de atendimento ao público está suspenso até às 16h00”.

“Fui completamente surpreendido. Aliás, hoje falei com o comandante [da Polícia Municipal do Porto] Leitão da Silva e tive o cuidado de lhe perguntar se ele sabia de alguma coisa e ele [respondeu que] não sabia de nada. É uma situação que me preocupa muito”, disse no domingo o autarca.