Douro Superior mostra as suas tradições em festival de oito municípios

Douro Superior com Vida em Movimento começa no sábado em Freixo de Espada à Cinta, seguindo para Vila Nova de Foz Côa em Agosto e Miranda do Douro em Setembro. “Vamos trazer o que de melhor temos em cada concelho e assim desmontar o que é a verdadeira cultura popular”.

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Vale do Côa PAULO PIMENTA

A Associação de Municípios do Douro Superior promove ao longo de 2022 um festival cultural que envolve os oito concelhos que integram aquele território, onde cada concelho mostra o melhor das suas tradições.

“A ideia passa por se fazer um intercâmbio entre as diferentes associações culturais e recreativas que integram uma bolsa de cada um dos oito municípios desta associação intermunicipal. Assim, estão programados sete festivais itinerantes que vão percorrer todo o território do Douro Superior até ao final do ano”, explicou à Lusa o secretário-geral da associação, Nuno Trigo.

O Festival Cultural “Douro Superior com Vida em Movimento” é um projecto intermunicipal que começa no sábado na vila de Freixo de Espada à Cinta, seguindo para Vila Nova de Foz Côa no dia 11 de Agosto e Miranda do Douro a 24 de Setembro.

Em Mogadouro a iniciativa está agendada para 15 de Outubro (feriado municipal) e em Torre de Moncorvo para 22 do mesmo mês. Meda e Carrazeda de Ansiães, ainda com datas por definir.

As associações que integram este intercâmbio cultural incluem o Rancho Folclórico de Vila Nova de Foz Côa, o Rancho Folclórico de Carrazeda de Anciães, Grupo de Pauliteiros de Palaçoulo (Miranda do Douro), Gaiteiros de Bemposta (Mogadouro), Rancho Etnográfico do Centro Social da Coriscada (Meda), Banda Filarmónica de Carviçais (Moncorvo), Banda Filarmónica de Freixo de Espada à Cinta, entre outros.

“Trata-se de um festival cultural, onde se cruzam as tradições e a cultura, através da participação e envolvimento das suas associações culturais e recreativas desta sub-região, onde se mistura a cultura transmontana com a beirã ou a do Alto Douro. Contudo, entre elas há um elemento de ligação que é o rio Douro”, explicou Nuno Trigo.

O responsável destaca a “especificidade” de cada grupo como o caso dos Pauliteiros de Miranda do Douro ou Bandas Filarmónicas “em conexão” com os Ranchos Folclóricos.

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Pauliteiros de Miranda do Douro CARLA CARVALHO TOMáS

António Pimentel, presidente da câmara de Mogadouro e o mentor desta iniciativa intermunicipal, disse que “por vezes se desperdiçam recursos próprios das autarquias com incidência da realização de eventos em detrimento de outros elementos externos”.

“A proposta é simples: cada um dos concelhos escolhe um dia para a realização do festival e os outros concelhos enviam os grupos culturais e musicais”, concretizou o autarca.

Para o autarca, esta é uma forma de optimizar recursos e trabalhar em rede dentro deste território do Douro Superior. “Aproveitar os recursos que cada concelho tem e disponibilizá-los aos outros concelhos de abrangência” da associação de municípios, vincou.

O autarca anfitrião da primeira edição e presidente da câmara de Freixo de Espada à Cinta, Nuno Ferreira, indicou que “este festival vai primar pela qualidade da região do Douro Superior como um todo”. “Vamos trazer o que de melhor temos em cada concelho e assim desmontar o que é a verdadeira cultura popular”, frisou.

Para os autarcas, é uma forma de colocar uma região a “falar a uma só voz em termos culturais e musicais”.