Anabela Duarte, depois dos Mler Ife Dada, estuda o som e vence campeonatos de jiu-jitsu

É a voz dos Mler Ife Dada, uma das bandas mais especiais da explosão pop dos anos 1980 portugueses. Não deixou o mundo do som, seja na sua vida na academia quando investigou a tortura sonora pela PIDE, seja quando faz jiu-jitsu ou trata uma colónia de gatos silvestres num dos maiores jardins de Lisboa. “Passo lá muito tempo de escuta.”

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Anabela Duarte foi vocalista dos Mler Ife Dada, grupo vanguardista da década de 80. Aqui, fotografada na semana passada em Lisboa Rui Gaudêncio

Zuvi Zeva Novi. Pronto, já está. Recordação activada. É este o grito de guerra — aliás, de swing — dos Mler Ife Dada, o seu tema que mais penetrou no espírito do tempo dos anos 1980 e que permanece hoje, perene como algumas das árvores da Tapada das Necessidades de onde Anabela Duarte, a inconfundível voz feminina do grupo, acaba de regressar para falar com o P2. Esteve a tratar dos felinos que por ali vivem e mesmo tão humanitária actividade traz logo à conversa o verdadeiro ar que respira. “Já houve aqui uma edição do [festival de arte sonora] Lisboa Soa. A questão da escuta é importantíssima, não só na comunicação com a natureza mas com os animais. Faço muitas gravações lá, passo lá muito tempo de escuta”, diz sobre o centenário jardim lisboeta e sobre o som, o seu oxigénio criativo.

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