Os italianos já perderam a conta ao número de governos que não chegaram ao fim da legislatura desde a Segunda Guerra. Sabem que foi a maioria. Nos últimos anos, as crises têm começado assim que os votos são contados, com os partidos e as alianças à esquerda e à direita bloqueados face aos resultados e à ausência de vencedores claros ou capazes de governar. Numa altura em que as crises políticas pareciam quase só ser interrompidas por eleições, os últimos 17 meses, desde que Mário Draghi aceitou liderar um governo de unidade nacional, surgiram como um período de rara tranquilidade. Um intervalo que acaba de chegar ao fim com estrondo.
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