CDU e BE tentam travar concessão do Coliseu a privados. Moreira reitera solução

Coliseu do Porto deverá mesmo ser concessionado a privados, depois de Câmara do Porto e Ministério da Cultura terem recuado na intenção de pagar as obras da sala de espectáculos.

Foto
PS e PSD concordam com concessão do Coliseu do Porto Adriano Miranda

As propostas da CDU e do BE para que a solução de concessionar o Coliseu do Porto a privados fosse repensada foram reprovadas pelo executivo de Rui Moreira e pelos vereadores do PSD e do PS. Na reunião do executivo desta segunda-feira, o autarca do Porto assumiu que o município não está “interessado” em fazer a programação do Coliseu do Porto, justificando a concessão também com o argumento de que não pretende ter “uma homogeneidade na programação” da cidade.

Rui Moreira afirmou que o Coliseu do Porto é hoje uma “barriga de aluguer”, onde “mais de 80% da sua actividade pertinente é feita por operadores privados”, e que a concessão a privados não porá em causa o serviço prestado.

Maria Manuel Rola, do Bloco de Esquerda, considerou a decisão do executivo “problemática”, desde logo porque a autarquia usou o seu papel privilegiado na direcção do Coliseu do Porto para tomar uma decisão sem abrir o debate à cidade. Defendendo que a autarquia poderia facilmente fazer o investimento necessário para a reabilitação recorrendo ao seu orçamento, a vereadora, que substituiu Sérgio Aires nesta reunião, considerou que está em causa a perda de um “equipamento importante” do Porto.

Já a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, sugeriu, mais uma vez, que se recorresse a fundos comunitários para fazer a reabilitação do edifício e acusou Rui Moreira de “pouca vontade política” na defesa desta estrutura da cidade.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários