Adega 23 Reserva Tinto 2018 vence Concurso de Vinhos da Beira Interior

A referência recebeu o prémio de Melhor Vinho da Beira Interior no concurso de vinhos organizado pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior.

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A Adega 23 é um projecto de Manuela Carmona, acompanhada pelo enólogo Rui Reguinga. A primeira vindima foi em 2017. DR

O vinho Adega 23 Reserva Tinto 2018 recebeu o prémio de Melhor Vinho da Beira Interior no 15.º concurso de vinhos da região, uma organização da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI), que tem sede na Guarda. O produtor Adega 23, que deve o nome à auto-estrada que os seus 11 hectares de vinha têm como vizinha, foi assim o grande vencedor do concurso que decorreu no final de Junho. Este sábado foi-lhe entregue o galardão principal e foram entregues mais 27 distinções.

“Para além do Melhor Vinho da Beira Interior, o júri do concurso realizado na Guarda, nos dias 27 e 28 de Junho, atribuiu ainda o prémio do Melhor Vinho no Feminino, o Prémio de Melhor Imagem, o Prémio de Melhor Imagem no Feminino, 14 medalhas de ouro e dez medalhas de prata, num total de 84 vinhos a concurso, em representação de 30 associados da região”, refere a CVRBI numa nota de imprensa enviada esta segunda-feira às redacções.

O galardão Melhor Vinho no Feminino foi para o Bodas Reais Branco 2019, o prémio de Melhor Imagem para o Quinta do Cardo Branco 2021 e a distinção Melhor Imagem no Feminino para o Almeida Garrett Tinto 2018.

A cerimónia de anúncio dos vencedores e entrega dos prémios decorreu este sábado em Vila Velha de Ródão, Castelo Branco, e foi presidida pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa. O presidente da CVRBI da Beira Interior, Rodolfo Queirós, aproveitou a ocasião para enaltecer “a resiliência dos associados da CVRBI nestes tempos difíceis” e felicitar todos os participantes no concurso. Referiu ainda que, na sua opinião, com esta iniciativa, “a notoriedade da Beira Interior saiu reforçada” e que eventos como este concurso eram importantes para dinamizar a Rota dos Vinhos da Beira Interior.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, salientou a importância do sector vitivinícola para a coesão dos territórios, para a fixação de pessoas e captação de novos investimentos, bem como o papel da rota como elo de ligação entre os diferentes territórios que compõem a Beira Interior.

O 15.º Concurso de Vinhos da Beira Interior decorreu no Solar do Vinho da Beira Interior, na cidade mais alta do país, contou com a participação de 84 vinhos: tintos, brancos e rosados, vinhos espumantes e vinhos frisantes, certificados como DOC (Denominação de Origem Controlada) Beira Interior ou como IG (Indicação Geográfica) Terras da Beira, colheitas dos anos de 1999 a 2020, inclusive.

O crítico de vinhos Aníbal Coutinho presidiu a um júri composto por mais 16 especialistas na área (oito mulheres e oito homens), numa avaliação realizada nos moldes tradicionais de “prova cega”.

A CVRBI abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira, nos distritos de Guarda e de Castelo Branco, que correspondem a uma área de 20 municípios, onde se contabilizam cerca de cinco mil viticultores. Com perto de 16 mil hectares de vinhas e uma grande variedade de castas (destacando-se as brancas Síria, Arinto e Fonte Cal e as tintas Tinta Roriz, Rufete, Touriga Nacional, Trincadeira e Jaen), existem cerca de 60 produtores de vinho, entre eles quatro adegas cooperativas.

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