Kim Kardashian usou o milionário vestido de Marilyn Monroe na Met Gala. E arruinou-o
Monroe cantou os Parabéns a JFK nesta cintilante roupa e, por isso, a peça conquistou o recorde do Guinness do vestido mais caro em leilão. Depois de Kardashian, um fecho de correr ficou danificado, o tecido está esgaçado na zona dos colchetes, as alças estiradas e há pedras em falta.
A socialite e influencer devolveu o vestido de Marilyn Monroe com o tecido esgaçado, a faltarem pedras e com outras penduradas por um fio. “O meu coração está partido”, desabafou ChadMichael Morrisette, um artista visual que observou os estragos, este domingo, em que a peça foi exposta no Ripley's Believe It or Not!, na Hollywood Boulevard, Los Angeles.
Morrisette, que já antes tratara do vestido, quando foi exposto para a leiloeira Julien's, onde a Ripley o comprou por 4,81 milhões de dólares (4,6 milhões de euros), relatou os danos irreparáveis na peça única: um fecho de correr danificado, tecido rasgado na zona dos colchetes, alças estiradas e pedras em falta.
O também curador captou imagens do vestido e partilhou-as com Scott Fortner, que detém uma das maiores colecções relacionadas com a malograda actriz e que denunciou o caso no Instagram. “Valeu a pena?”, pergunta à Ripley's Believe It or Not!, uma franquia americana fundada por Robert Ripley que se dedica a eventos bizarros e itens incomuns.
O icónico vestido cintilante foi usado por Marilyn Monroe, em 1962, quando cantou os Parabéns a você ao Presidente John F. Kennedy, no Madison Square Garden, Nova Iorque. O vestido adornado com pedraria é da autoria do francês Jean Louis e terá custado originalmente pouco mais de mil dólares (955€). Actualmente, detém o recorde do vestido mais caro vendido num leilão.
“Marilyn usou-o uma noite, e ficou perfeito no seu corpo. Era como pele no seu corpo”, recordou Morrissette ao USA Today. O mesmo não terá acontecido com Kim Kardashian, apesar de todos os cuidados que a influencer garantiu ter tido. À Vogue, Kardashian declarou: “Tenho um enorme respeito pelo vestido e pelo que significa para a História americana. Nunca me quereria sentar com ele ou comer ou correr qualquer risco de o danificar, e não vou usar o tipo de maquilhagem corporal que costumo fazer.”
Também a Ripley partilhou, em Maio, no Instagram, informações que davam conta que “foi tomado grande cuidado em preservar esta peça de história da cultura pop”.
Já Amanda Joiner, vice-presidente de Licenciamento e Publicação da Ripley Entertainment, explicou, em entrevista ao Daily Beast, que. “depois de termos recebido o pedido de Kardashian para usar o vestido há alguns meses, tivemos de tomar algumas decisões, como se estávamos ou não dispostos a deixar Kim usar o vestido”.
Acabariam por aceder ao pedido, mas Joiner frisou que “o vestido nunca esteve só com a Kim; estava sempre com um representante da Ripley”. “Sempre garantimos que em qualquer altura em que sentíssemos que o vestido corria o risco de rasgar ou que se nos sentíssemos desconfortáveis com qualquer coisa, tínhamos sempre a capacidade de poder dizer que não íamos continuar com isto.”
Para ChadMichael Morrisette, porém, o problema começou quando se predispuseram a emprestar o vestido. “Quando se lida com material e tecido com 60 anos e fios e lantejoulas... tudo o que se faz, danifica-o. Cada vez que se expõe, é danificado. Quando alguém tem a audácia de o vestir e subir umas escadas, revela tal ignorância quanto à história desse pedaço de tecido que me deixa muito zangado.”