De carro pela Côte d’Azur

O leitor Miguel Silva Machado recorda a sua viagem pela região francesa.

viagens,fugas-leitores,fugas,verao,franca,praias,
Fotogaleria
Villefranche-sur-Mer Miguel Silva Machado
viagens,fugas-leitores,fugas,verao,franca,praias,
Fotogaleria
Villefranche-sur-Mer Miguel Silva Machado,Miguel Silva Machado
viagens,fugas-leitores,fugas,verao,franca,praias,
Fotogaleria
Cannes Miguel Silva Machado
viagens,fugas-leitores,fugas,verao,franca,praias,
Fotogaleria
Cannes Miguel Silva Machado
viagens,fugas-leitores,fugas,verao,franca,praias,
Fotogaleria
Cannes Miguel Silva Machado
viagens,fugas-leitores,fugas,verao,franca,praias,
Fotogaleria
Saint Tropez Miguel Silva Machado

Numa imagem possível, é costa francesa é semelhante à serra da Arrábida, mas com centenas de quilómetros de extensão, encostas junto às praias polvilhadas de casas, muitas, mas mesmo muitas, de elevado padrão. Fora das cidades, as povoações (quase) sem mácula arquitectónica têm um enorme movimento, mesmo em Maio. Nem quero pensar o que serão estas estradas de acesso no Verão! Sendo certo que há muitos parques de estacionamento (pagos), a realidade é que no fim-de-semana a maioria estavam superlotados.

Em Villefranche-sur-Mer as águas transparentes da baía que a ligam a Cap Ferrat convidavam para umas horas de descontracção e já recebiam uns mergulhos. Lá está, junto ao porto, o Welcome Hotel, onde durante anos seguidos Jean Cocteau passava temporadas, e para onde o seu busto parece olhar. A marina alberga pequenos veleiros, barcos de pesca artesanal e um ou outro para fins turísticos, deixando para outras paragens os enormes iates que são uma imagem de marca da região ,como iremos confirmar em Cannes e Saint Tropez. Almoçamos no La Praia, um dos mais baratos e…em cima da praia.

Cannes, 40 quilómetros a sul pela costa, é outro campeonato! O Boulevard de La Croisette, e os seus emblemáticos hotéis – Martinez, Le Majestic, Carlton (a ser renovado), Miramar, Grand Hotel, Splendid, e outros que remetem para nomes sonantes à escala mundial – com praias exclusivas separadas das públicas por taipais de madeira; as lojas das marcas de luxo, ao longo desta marginal e na Rue d’Antibes; as duas marinas – Vieux Port e Port Canto recheadas de iates de dimensões que nos escapam; o Palácio dos Festivais, com a sua escadaria vermelha sempre disponível para uma foto que poucos resistem a tirar mesmo que esperando pacientemente o seu “minuto de estrela”, e a tentação de comparar mãos de superstars cravadas no solo com a nossa.

Foto
Cannes Miguel Silva Machado

A caminho do Le Suquet, o centro histórico, nas ruelas que não conseguem fugir aos restaurantes e lojas de artesanato, mas ladeadas por velhos edifícios bem recuperados, vemos o “Quintazul” Spécialités Portugaises, hoje fechado. No regresso da vista panorâmica para a baía passamos pelo mercado Forville, muito virado para os produtos locais, incluindo pescado, e acabamos num excelente almoço – Cocotte de Gratin de Homard (16€) – mesmo ao lado, no L’atelier du homard. “Nunca voltará ao que foi, mas está a melhorar gradualmente”, garante Zeni, que até às 11h vende lagostas no mercado e depois abre este seu espaço. O marido desta emigrante húngara trabalha no mar, ela aqui faz tudo sozinha, cozinha e serve. Impecável.

Em Saint-Tropez, estacionar junto ao porto não foi difícil, pagando. A fama que precede a localidade justifica-se, o ambiente é agradável, tem muito para ver, os preços são os da região, mas há de tudo, das pizzas de rua ao restaurante Dior. Na cidadela que domina o porto e o golfo, por 4€ visitámos o Museu de História Marítima, que me surpreendeu, tão habituado estava à identificação da cidade com Louis de Funés e Brigitte Bardot – aliás, a eles se recorria para anunciar a exposição de fotografia e o livro Les chiens de Saint-Tropez – mas também a iates e férias de praia! O passado ligado quer às marinhas de guerra quer mercantes ou de passageiros, navegações globais, pesca e desporto, é merecedor de conhecimento.

Miguel Silva Machado

Sugerir correcção
Comentar