O Mercedes-Benz Oceanic Lounge foi inaugurado esta terça-feira, véspera do Dia Mundial dos Oceanos, na Doca de Santo Amaro, na zona de Alcântara em Lisboa. É “um espaço de ideias, para a marca e para a cidade de Lisboa” que visa também mudar o “modo como pensamos o nosso planeta”, explicou o director de Marketing e Comunicação da Mercedes-Benz Portugal, Jorge Aguiar, na conferência de imprensa de apresentação.
O novo espaço é o segundo do tipo criado pela marca de automóveis — depois do EQ Lounge na Nazaré, inaugurado em 2021 —, estando previstas uma série de iniciativas tendo em vista a protecção dos oceanos e da sua fauna e flora. Nesse sentido, o lounge vai receber, em parceria com o Oceanário de Lisboa e com a colaboração de três biólogos e de uma zoóloga, workshops, debates, conversas, formações e acções de sensibilização.
Em conjunto com o Oceanário, prevê-se ainda campanhas de protecção de golfinhos e de limpeza das praias e do mar no distrito de Lisboa. Com o dever de educar em mente, são esperadas acções de sensibilização para instituições de ensino bem como duas escolas próprias, uma para vela e outra para navegação.
O lounge nas margens do rio Tejo serve uma lógica de “construção de valor de marca” assente nos princípios “da sustentabilidade e da neutralidade carbónica”, como parte da responsabilidade social da empresa, acrescenta Jorge Aguiar. Contudo, ao contrário do espaço na Nazaré, a actual construção não tem por base materiais reutilizados.
A sustentabilidade como mote
Ao longo do tempo, a Mercedes-Benz promete decorar o edifício de dois andares com lixo encontrado no mar, no rio e na praia. Ao “recorrer aos projectos que o próprio espaço vai criar para si”, os responsáveis pelo novo lounge procuram uma decoração à base do reaproveitamento de materiais. De momento, destaca-se no seu interior uma escultura de uma criatura marítima feita a partir de lixo, recolhido no âmbito do projecto de arte Skeleton Sea.
Jorge Aguiar descreve o Oceanic Lounge como “um projecto diferenciador”, que está só a começar. “Estamos ainda a construir este bebé”, esclarece. Com o novo espaço, a Mercedes-Benz espera vir a atrair um público grande para dar a conhecer os oceanos e aquilo que pode ser feito para os proteger. Segundo o velejador Bernardo Queiroz, que vai ser a cara do novo espaço ao longo de todo o ano, há a expectativa de superar as dez mil pessoas por ano. Por enquanto, não há planos para mais espaços do género, apesar de os responsáveis admitirem essa possibilidade.
O lounge insere-se na visão estratégica da Mercedes-Benz, que ambiciona atingir a neutralidade carbónica até 2039. “Tudo o que nós fazemos é em direcção à neutralidade carbónica”, evidencia o CEO da Mercedes-Benz Portugal, Holger Marquardt. Para lá chegar, promete converter todos os seus veículos em eléctricos até 2030, com recurso a materiais sustentáveis e reutilizados.
Na sua opinião, “todas as coisas que nós temos podem ter uma segunda vida”, seguindo a regra dos três R's: Reciclar, Reutilizar, Reduzir. E é essa uma das mensagens que o espaço nas docas de Lisboa procura transmitir a por quem lá vai passar, mais concretamente no que toca aos oceanos. Por isso, mesmo o kitesurfista Francisco Lufinha decidiu associar-se ao novo projecto da marca de automóveis. Na apresentação do Oceanic Lounge, antecipa a sua participação em várias iniciativas futuras. “Estou aqui por causa da minha ligação com o mar”, justifica.
A Mercedes-Benz conta também trabalhar mais em conjunto com a Skeleton Sea, com a qual está a planear uma exposição de peças de arte com lixo marítimo. Faz parte do posicionamento da Mercedes como “uma marca do futuro”, afinal “o futuro é hoje”, conclui Holger Marquardt.
Texto editado por Carla B. Ribeiro