“Não entendo os pacifistas que dizem que se devia chegar a um acordo com Putin”

Masha Alyokhina escapou da Rússia, contornando a prisão domiciliária, para participar de corpo presente na digressão anti-guerra e anti-Putin do seu colectivo, as Pussy Riot. Ao P2, a activista fala sobre o conflito na Ucrânia, a “hipocrisia” da Europa, mas também da sua crença nela, e de uma Rússia “orwelliana”. “Eu sei que muita gente é contra esta guerra, mas é demasiado perigoso dizê-lo abertamente.” Os concertos estão agendados para os dias 8 e 9, na Casa da Música (Porto) e no Capitólio (Lisboa), respectivamente.

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Masha num concerto em Zagreb, Croácia, em 30 de Março de 2022 EPA/ANTONIO BAT

Mal atendemos o telefone, Maria V. Alyokhina explica-nos, com a voz em sobressalto, o porquê da fotografia em frente a uma prisão de Zagreb que enviou 15 minutos antes pelo Whatsapp. “Estamos com problemas bastante terríveis e imprevisíveis. A Aysoltan Niyazov, que também faz parte das Pussy Riot e está connosco nesta tour, foi detida pela polícia croata com um mandado de captura emitido pela Interpol a pedido do Turquemenistão, uma das piores ditaduras do mundo, de onde ela fugiu há vinte anos”, diz. “Ela é inocente e corre o risco de ser extraditada. Fizemos agora uma conferência de imprensa para tornar o caso público, com o apoio da Amnistia Internacional.”

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