Wembley recebe a primeira Finalíssima

A Itália, actual campeã europeia, e a Argentina, vencedora da última Copa América, defrontam-se na nova prova promovida pela UEFA e pela CONMEBOL.

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O Estádio de Wembleu recebe esta noite a competição EPA/ANDY RAIN

Oito meses e quatro dias depois de ser oficialmente anunciado o nascimento de uma prova que pretende assinalar “o alargamento da cooperação entre a UEFA e a CONMEBOL”, o Estádio de Wembley, em Londres (19h45, SportTV1), recebe a primeira edição da Finalíssima, partida que colocará frente a frente a Itália (vencedora do Europeu) e a Argentina (ganhou a última Copa América). Do lado dos sul-americanos, o seleccionador Lionel Scaloni deve apostar no benfiquista Otamendi a titular, enquanto nos transalpinos Giorgio Chiellini fará o 117.º e último jogo com a “azzurra”.

O troféu é novo, mas o conceito agora apresentado pela UEFA e pela CONMEBOL não. O primeiro confronto oficial entre os campeões da Europa e da América do Sul realizou-se em 1985, em Paris, e terminou com uma vitória da França sobre o Uruguai (2-0). Oito anos mais tarde, em Mar del Plata, a Argentina, a jogar em casa, mediu forças com a surpreendente Dinamarca, que tinha conquistado o Euro 92. Os argentinos, que contavam no ataque com Maradona, Caniggia e Batistuta, derrotaram no desempate por grandes penalidades uma selecção nórdica com Peter Schmeichel e Brian Laudrup.

Desta vez, de novo em solo europeu, o troféu parece ganhar contornos mais sólidos — estão já anunciadas mais duas edições, após os Europeus de 2024 e de 2028 —, sendo que o acordo de cooperação entre a UEFA e a CONMEBOL prevê um alargamento ao futebol de formação, futebol feminino, futsal e arbitragem.

De regresso a Wembley, onde derrotou a Inglaterra nos penáltis na final do Euro 2020, a Itália está ainda a recuperar do trauma de ter falhado pela segunda vez consecutiva o apuramento para um Mundial, e Roberto Mancini, que realça ter uma “equipa jovem” que continua a ter “o apoio dos adeptos”, confirmou que, contra os argentinos, Chiellini fará o seu 117.º e último jogo com a selecção: “Ele tomou uma decisão e as decisões devem ser respeitadas.”

Do lado argentino, Lionel Scaloni trouxe 29 jogadores para a Europa — os sul-americanos estagiaram em Bilbau — e o técnico, que considera que a Itália seria candidata a vencer o Mundial no Qatar se se tivesse qualificado, deverá apostar em Otamendi para fazer dupla no centro da defesa com Cristián Romero.

Garantido no “onze” está Lionel Messi, que quer “ganhar mais uma taça” para “o grupo e para os argentinos”. “Este grupo joga cada partida como se fosse uma final e a equipa técnica prepara muito bem todos os jogos. Sabe perfeitamente o que joga [a outra equipa] e o que temos que fazer em cada momento”, realçou o astro do Paris Saint-Germain.

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