Alentejo: para onde vai o Antão Vaz?
Há quem ame a casta, quem a considera enjoativa e quem nem dê por ela, mas gosta dos brancos da Vidigueira. Há enólogos que andam à procura de outras castas para lhe dar companhia no lote e outros que querem recuperar sistemas de condução antigos. Nós, por aqui, concluímos que o problema com o Antão Vaz é o mau hábito que temos com todos os vinhos brancos: bebemo-los cedo de mais. E sim, esqueçam lá essa cantiga da falta de acidez.
Aproveitou-se um almoço de domingo dedicado a peixe na Ericeira para perceber quantos dos amigos à mesa – contribuintes aceitáveis para manter Portugal na liderança do ranking do consumo de vinho per capita – costumavam ter desejos de vinhos da casta Antão Vaz. Entre os presentes, houve logo quem dissesse “isso, só no Inverno”, enquanto as restantes almas ficaram naquele registo do género “Antão.. Antão Vaz... isso é do Alentejo, mas agora não me ocorre nada”. Só quando começamos a falar de marcas e de produtores é que se ouviu “ah, claro, que estupidez, farto-me de comprar esses vinhos”.
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