A rede de cacifos Locky tem “tecnologia portuguesa”, é produzida em Portugal e permite o levantamento de compras online, sem ter de ficar à espera das encomendas em casa. Os CTT lançaram a nova marca de cacifos aberta a qualquer operador de distribuição esta semana.
Para ir buscar uma encomenda a um destes cacifos é preciso escolher uma localização disponível e depois marcar um código para abrir o cacifo.
“Desde muito cedo percebemos que ia ser decisivo dispor de uma infra-estrutura de cacifos para poder acompanhar as necessidades do país e as nossas próprias necessidades a propósito do crescimento do comércio electrónico”, disse o presidente executivo dos CTT, João Bento, referindo que os cacifos estão disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana.
“Com isto conseguimos pôr as encomendas à espera do cliente”, sublinhou o gestor. Os cacifos podem também ajudar a diminuir o número de veículos de entrega nas ruas da s cidades, contribuindo para que sejam geradas menos emissões de carbono e menos trânsito.
“Dado o carácter crítico que antecipávamos vir a ter, como hoje se confirma, achámos que devíamos fazê-lo com tecnologia própria e a nossa rede de ‘lockers’ é feita — e não começou assim — com cacifos nossos, tecnologia portuguesa, electrónica portuguesa, metalomecânica portuguesa, software português, com a rede de parceiros permanentes e fabricados em Portugal”, sublinhou o presidente executivo dos CTT. “Isso não é só porque é bonito, é porque nos dá uma agilidade de desenvolvimento de produtos de relacionamento com os clientes, de campanhas que não teríamos de outra maneira, portanto, achámos que deveríamos ter uma infra-estrutura que será crítica no futuro”, sublinhou.
Na área da metalomecânica (o hardware), a empresa é a Cubotonic, na assemblagem e instalação a Tecnocrimp, e no software e electrónica a Micro.io e Polarising, disse à Lusa o presidente executivo da Locky, Francisco Travassos.
Esta rede vai estar aberta “a todos aqueles que querem entregar [encomendas] usando esta funcionalidade porque achamos que isso faz parte do nosso dever e da nossa estratégia, enquanto os grandes promotores do comércio electrónico em Portugal”, prosseguiu. “Portanto, hoje é a nossa terceira leva de progresso nesta frente numa altura em que já temos 250 lockers e que tudo indica que chegará perto dos mil até ao final deste ano em Portugal”, rematou João Bento.
Além da expectativa de atingir os mil cacifos em Portugal até final de 2022, o presidente executivo da Locky espera “continuar certamente a instalar cacifos” no próximo ano.
Em Dezembro passado, os CTT tinham anunciado uma parceria com a YunExpress, a unidade de negócios de logística da chinesa Zongteg Group, para a criação de uma rede de cacifos para receber encomendas em Portugal e Espanha, aberta a qualquer operador, num investimento conjunto de oito milhões de euros no prazo de três anos. “Temos aqui uma parceria com a Yun”, recordou João Bento, salientando que a intervenção é em Portugal e Espanha, com prioridade no mercado português.
João Sousa disse que os CTT estão contentes “com os primeiros resultados” da utilização da rede de cacifos. “Acreditamos agora, com a marca própria, e com uma comunicação e uma dinamização, que vai haver uma explosão de utilização destes mesmos lockers”, reforçou João Sousa.