Ainda há umas semanas, a European Best Destinations, plataforma que se dedica a promover pontos turísticos da Europa, tinha elegido Porto Santo como praia europeia do ano. Célebre por organizar anualmente a eleição do Destino Europeu do Ano, com várias vitórias para Portugal — ainda em 2021, Braga venceu, com alguma polémica posterior —, a organização acaba de publicar a sua tradicional lista de “tesouros escondidos” espalhados pelo continente e ilhas da Europa. De Batumi, na Geórgia, a Savona, na Itália, são 22 direcções para descobrir atracções que por vezes ficam fora dos roteiros mais massificados.
Por Portugal, a European Best Destinations (EBD) aponta dois locais, aos quais, na verdade, não faltam fãs e visitantes portugueses e estrangeiros: a Ilha do Farol, com acesso único via barco de Faro ou Olhão, e Sesimbra, a que não faltam também pergaminhos, turísticos e não só.
“Quer evitar, mais do que nunca, multidões, cidades e stress?” A EBD dá a resposta: Ilha do Farol. Claro que dependerá da altura escolhida e da distância percorrida... Mas, para a EBD, esta é uma “ainda pouco conhecida e sublime” ilha do Algarve (frente a Olhão, na Culatra, mas pertence ao concelho de Faro). Refere-se a acessibilidade por barco, com varias travessias diárias, e outras ilhas da ria Formosa, como o restante muito espaço da Culatra (onde aliás se encontra o Farol) e as maravilhas da Armona. Na zona do Farol, sublinham-se os restaurantes e lojas, as pequenas casas de férias “magnificentes” e a “atmosfera relaxante”. “O lugar é tão pouco dado a multidões que quase não há alojamento excepto algumas casas” para arrendar, escreve-se, sugerindo estada em Olhão.
Quanto a Sesimbra, que ainda há dias surgia também em lista do The Guardian, diz-se que “o nome deste destino já é um convite para viajar”, destacam-se o estilo de vida, artes e gastronomia, a vertente desportiva, a “reconexão com a natureza”. Ideal para férias em família, refere-se, é também bom destino para pessoas com mobilidade reduzida, tendo já recebido, graças à praia do Ouro, o título de praia mais inclusiva de Portugal. Para outras opções, não faltam desportos mais radicais ou mais calmos (se considerarmos a observação de aves um desporto). Para quem quer deixar a roupa de fora, sugere-se o Meco para a experiência nudista. E, opina-se, o Meco é “um dos melhores locais para ver o pôr-do-sol”. Um último destaque saboroso: “não deixe de provar o pão de Sesimbra: é conhecido como um dos melhores pães de Portugal (e os portugueses sabem fazer bom pão)”.
Pode espreitar na fotogaleria os 22 “tesouros escondidos” (hidden gems) da Europa segundo a EBD. A lista com informações está aqui, sendo liderada pela pouco conhecida Batumi, capital da região georgiana de Adjara, com as suas montanhas a protegê-la e à natureza circundante, com a cidade repeleta de história, “um dos jardins botânicos mais bonitos da Europa” e com praia e spa balnear. No “top” de sítios a descobrir seguem-se Torrevieja (Alicante, Espanha), Pietrapertosa (Basilicata, Itália), Rio Marina (lha de Elba, Toscana, Itália); Veli Losinj (ilha de Losinj, Primorje-Gorksi Kotar, Croácia).
Quanto aos critérios de “hidden gems”, foram pré-seleccionados dois e cinco destinos em cada país, dependendo da dimensão deste. A lista de 110 locais a concurso foi apreciada e votada por “um painel de 14.821 viajantes”, e cada um votou em três ideais para figurar na lista. É assim que a organização explica o processo até chegar aos 22 “mais votados”.