As frases de João Rendeiro durante a fuga e detenção na África do Sul
Antigo presidente do BPP foi encontrado morto na cadeia onde estava detido desde Dezembro.
O antigo presidente do BPP João Rendeiro foi, esta sexta-feira, encontrado morto na cadeia onde estava detido, na África do Sul, desde 11 de Dezembro de 2021. Actualmente, João Rendeiro tinha três mandados de detenção europeus e internacionais em seu nome.
Em Portugal, o ex-banqueiro foi condenado três vezes em tribunal. Num dos processos, o tribunal deu como provado que João Rendeiro retirou 13,61 milhões de euros do BPP e condenou-o a dez anos de prisão efectiva.
Recordamos as principais frases do banqueiro durante a fuga às autoridades portuguesas e após a detenção na África do Sul.
“Eu não vou regressar a Portugal.”
“Se alguém está preocupado com isso [com a minha fortuna], pode estar preocupado com coisas erradas, com a mesquinhez. Deviam estar mais preocupados com criar riqueza e em como é que o país consegue ficar mais rico.”
“O que eu fiz, não fui eu que fiz. (…) Não posso aceitar é que no quadro do conselho de administração que, segundo a lei, é um órgão solidário, todos são responsáveis pelos actos que acontecem no contexto da gestão (…) têm penas irrisórias. Porque é que eu tenho uma pena pesada?”
“É uma pena manifestamente desproporcionada, em que verifiquei ter sido condenado em função de um critério dito de prevenção criminal geral por virtude dos escândalos bancários que não se verificavam à data dos factos e não poderiam retroagir contra mim. Tornei-me bode expiatório de uma vontade de punir os que, afinal, não foram punidos.”
“Como nunca paguei nada a ninguém e não tenho segredos de Estado, sou um poderoso fraco. [Ricardo Salgado] segue com a sua vida tranquila em Lisboa.”
“Faço uma vida perfeitamente normal. Posso assegurar que não ando de peruca nem de rabo-de-cavalo. Vou à praia e ao ginásio.”
“Não devo um cêntimo a ninguém.”
“Escrevi uma carta que saiu no Tal&Qual que terminava de uma maneira um pouco dramática, mas verdadeira, dizia: liberdade ou morte.”
“Vou dizer-vos que as condições prisionais [na cadeia de Westville, em Durban] são terríveis. As janelas não têm vidro. Não há água quente. Não há assistência médica. Não há roupa de cama ou toalhas adequadas.”