Há mais de 48 mil casas vazias em Lisboa e as tuas ideias podem ajudar a ocupá-las
Câmara Municipal de Lisboa e Startup Lisboa promovem no final do Maio a maratona HACKATHOME, em que desafiam jovens universitários a apresentarem soluções para problemas de habitação da capital. Vencedores ganham 7 mil euros.
Há mais de 48 mil casas vazias em Lisboa e a solução para as ocupar pode passar pelas mãos de jovens universitários. Organizada pela Câmara Municipal de Lisboa e a Startup Lisboa, a maratona HACKATHOME pretende encontrar respostas tecnológicas, inovadoras e sustentáveis para o problema de habitação na capital. A equipa vencedora leva para casa um prémio monetário no valor de 7 mil euros. O segundo e o terceiro lugar recebem 2 mil e mil euros, respectivamente.
Nos dias 28 e 29 de Maio, no Hub Criativo do Beato, 15 equipas previamente seleccionadas terão 24 horas para criar uma solução tecnológica que ajude a diminuir questões burocráticas e a simplificar a obtenção de informação sobre casas vazias para quem as queira comprar ou arrendar. As equipas deverão ter três a cinco membros oriundos de áreas distintas, como Engenharia, Gestão, Arquitectura, entre outras.
“Estamos a fazer a Carta Municipal de Habitação em Lisboa, em sistema de co-criação com vários parceiros. No âmbito destas conversas, um dos nossos colaboradores mais jovens lembrou-se desta ideia”, explica ao P3 Filipa Roseta, vereadora da Habitação e Desenvolvimento Local da Câmara Municipal de Lisboa.
Tendo em conta a crise habitacional da capital e o impacto que provoca na vida dos jovens, a autarca considera que pode ser interessante envolvê-los na busca por soluções para um problema que os afecta: “São também os destinatários daquilo que estão a imaginar. Porque, no fundo, nós queremos soluções para eles.”
Para isso, vão também decorrer durante estes dias talks inspiracionais e sessões de capacitação, explica Marta Miraldes, uma das coordenadoras da maratona tecnológica. Os participantes vão ainda contar com o acompanhamento de mentores. As actividades arrancam por volta da hora de almoço de sábado, 28 de Maio, e terminam 24 horas depois. Findado este período, as ideias serão apresentadas ao júri, composto por membros da autarquia de Lisboa, da Startup Lisboa, parceiros e especialistas convidados.
Sobre se as propostas vencedoras vão, efectivamente, ser postas em prática, Filipa Roseta responde: “É genuíno que aquilo que estamos à procura são respostas que não existem. Os problemas que vamos lançar precisam de respostas inovadoras. Se aparecer uma resposta que, de facto, dê solução, é para pôr em execução. O ideal é esse”.
As candidaturas estão abertas até ao dia 24 de Maio no site oficial.
Texto editado por Amanda Ribeiro