Nova Zelândia reabre totalmente fronteiras antes do planeado
País começou, nos últimos meses, a permitir entrada de residentes e alguns turistas estrangeiros. As fronteiras estavam fechadas desde Março de 2020 por causa da pandemia de covid-19.
A Nova Zelândia vai reabrir totalmente as fronteiras dois meses antes do que estava planeado originalmente, anunciou a primeira-ministra, Jacinda Ardern.
O Governo de Ardern ordenou o encerramento das fronteiras em Março de 2020 por causa da pandemia de covid-19, a que reagiu com uma política de supressão ou “covid zero”, ou seja, de muitas restrições para impedir a entrada do vírus no país e dificultar ao máximo as transmissões.
Com a alta taxa de vacinação (95% dos adultos têm duas doses, 70% também a terceira), e a variante Ómicron, mais transmissível, o país deixou esta estratégia e tem uma das menores taxas de mortes por covid-19: 855 mortes durante toda a pandemia. Actualmente, o país regista cerca de 7 mil novos casos de infecção por dia (média móvel a sete dias). O único país a seguir actualmente a estratégia de “covid zero” é a China.
“Passámos pelo choque da covid melhor do que quase todo o lado do mundo desenvolvido”, congratulou-se Ardern. “A nossa economia é uma das mais fortes do mundo.”
Mas o país enfrenta dificuldade em atrair trabalhadores muito qualificados, com estudos a preverem a possibilidade de até 50 mil pessoas saírem do país durante o próximo ano.
A reabertura das fronteiras permitirá ajudar a resolver “algumas carências urgentes de trabalhadores qualificados”, disse Ardern, que apresentou ainda uma nova estratégia do Governo para atrair pessoas nas áreas da construção, engenharia, saúde e tecnologia e de prolongar os vistos de quem já esteja no país.
A reabertura das fronteiras inclui também o regresso de estudantes estrangeiros às universidades neozelandesas e dos navios de cruzeiro aos portos do país.
“Vão ser boas notícias para as famílias, empresas e as nossas comunidades de migrantes”, disse Ardern. “Também vai dar segurança e boa preparação às companhias aéreas e de cruzeiros que preparem um regresso à Nova Zelândia nas épocas altas da primavera e verão.”