Fotogaleria
Os morcegos vistos pelas crianças
Os morcegos estão associados à transmissão de doenças (zoonoses) perigosas para os seres humanos, mas, na realidade, também podem ser nossos amigos. Nesta fotogaleria, compilamos vários desenhos de morcegos feitos por crianças após a visita do PÚBLICO a um abrigo, no Alentejo, de uma espécie em risco de extinção. Também as ilustrações das crianças da sua família podem juntar-se a esta fotogaleria.
No início de Abril deste ano, o PÚBLICO visitou uma mina abandonada na Herdade da Coitadinha, no Alentejo fronteiriço. Passou muito tempo no esquecimento, mas, em Março, soube-se que este é um dos maiores abrigos do morcego-de-ferradura-mourisco (Rhinolophus mehelyi), uma das três espécies de morcegos que se encontram criticamente em perigo de extinção em Portugal continental.
Desde a visita à mina, recebemos desenhos de morcegos feitos por crianças. Muitas delas (mas não só) frequentam o Colégio do Sardão, em Vila Nova de Gaia, onde o PÚBLICO foi falar a duas turmas do ensino primário acerca de um trabalho sobre a Fruta Feia — projecto de combate ao desperdício alimentar que, recentemente, nos abriu as portas de um dos seus 15 espaços — e, também, acerca do Azul, o novo projecto editorial do jornal sobre ambiente, sustentabilidade e crise climática.
Nesta fotogaleria, compilámos os desenhos recebidos de várias crianças. Se quiser pôr as crianças da sua família a desenhar morcegos, pode depois enviá-los para azul@publico.pt e as ilustrações serão acrescentadas a esta peça. Pode também acompanhar a transmissão em directo, 24 horas por dia, de uma câmara apontada para um abrigo de morcegos nas grutas do Alviela e deixar as suas perguntas nessa página especial do Azul.
Apesar de tendencialmente olharmos para os morcegos como um perigoso hospedeiro de doenças, eles contribuem para o equilíbrio da biodiversidade, como é o caso do morcego-de-ferradura-mourisco, que é um insectívoro. “Estas espécies de morcegos, por serem insectívoras, são as melhores e maiores controladoras de pragas que podem provocar malefícios à agricultura”, explicou-nos Paulo Marques, arqueólogo e espeleólogo da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA) — e guia da visita que fizemos à mina abandonada no Alentejo.