Isabel II já é a terceira monarca com o reinado mais longo da história mundial

A rainha de Inglaterra ultrapassou, esta segunda-feira, 9 de Maio, João II do Liechtenstein em tempo de reinado: está há 70 anos e 92 dias no trono e ocupa o terceiro lugar da lista dos monarcas que mais tempo carregaram a coroa.

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Isabel II foi coroada mais de um ano após se ter tornado rainha, a 2 de Junho de 1953 Reuters/POOL

A rainha Isabel II passou a estar, desde esta segunda-feira, no terceiro lugar entre os monarcas com mais tempo de reino. À sua frente, apenas Bhumibol Adulyadej, da Tailândia, que reinou mais 34 dias (e que se espera que o apanhe já em Junho), e Luís XIV, o “​Rei-Sol”​, que esteve à frente dos destinos da França ao longo de 72 anos e 110 dias – e dada a saúde exibida pela monarca, mas também a genética (a rainha-mãe morreu a pouco mais de quatro meses de completar 102 anos), não será de estranhar se o destronar do primeiro lugar daqui a dois anos.

Desde há mais de dois anos, Isabel ocupava a quarta posição mundial, atrás de João II, o príncipe do Liechtenstein que conquistou o cognome de “O Bom”, e que esteve à frente do principado entre 1858 e 1929, depois de ter ascendido ao trono quando completou os 18 anos.

Entre a lista dos monarcas com mais tempo de reinado, Isabel II é a mais velha: a rainha completou 96 anos a 21 Abril e, apesar de ter, nos últimos tempos, uma agenda mais tranquila, continua a encantar quem consigo se encontra, como foi o caso do primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, que fez saber que a soberana está “tão lúcida e perspicaz como sempre”.

Isabel II nos primeiros anos de reinado DR/RCT.UK
Isabel II, a dias de completar os 70 anos de reinado JOE GIDDENS/ POOL VIA REUTERS
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Isabel II nos primeiros anos de reinado DR/RCT.UK

Isabel, que comemora em 2022 o jubileu de platina, tornou-se rainha a 6 de Fevereiro de 1952, dia da morte do pai, o rei Jorge VI, e não é expectável que abdique em vida. Por altura da morte do duque de Edimburgo, em Abril de 2021, a hipótese da abdicação foi falada, mas vários especialistas consideraram o cenário improvável. Ao The Guardian, o historiador real Hugo Vickers explicou o porquê: “Uma das principais razões pelas quais a rainha com toda a certeza não abdicará é o facto de, ao contrário de outros monarcas europeus, ela ser uma rainha ungida”, o que reflecte um pacto com Deus, sendo Isabel II, além de soberana do Reino Unido e de outros 14 países da Commonwealth, chefe da Igreja Anglicana.

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