CDU vence eleições no estado alemão de Schleswig-Holstein

Partido conservador conseguiu entre 41% e 43% da totalidade dos votos. SPD, do chanceler Olaf Scholz, caiu para 16%. Radicais da AfD falham entrada no parlamento.

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O ministro-presidente do estado alemão de Schleswig-Holstein, Daniel Günther Reuters/LISI NIESNER

A União Democrata-Cristã (CDU) venceu as eleições realizadas neste domingo no estado alemão de Schleswig-Holstein, numa das primeiras boas notícias para o partido depois da saída do Governo federal alemão no ano passado, após a formação da coligação “semáforo” liderada pelo social-democrata Olaf Scholz.

São as segundas de uma série de quatro eleições estaduais marcadas para este ano, depois das eleições de 27 de Março no Sarre, nas quais venceu a candidata do Partido Social Democrata (SPD), Anke Rehlinger. As eleições na Renânia do Norte-Vestefália, o estado mais populoso da Alemanha, estão marcadas para 15 de Maio, e as da Baixa Saxónia serão realizadas em Outubro.

De acordo com os cálculos das emissoras públicas de televisão ARD e ZDF, o partido do chefe do executivo, Daniel Günther, é a primeira força política em Schleswig-Holstein​, com entre 41% e 43% dos votos, bem à frente da oposição social-democrata e dos Verdes, que governam até agora em coligação com os liberais (FDP).

O SPD caiu para entre 15,5% e 16%. Os Verdes, por sua vez, melhoraram significativamente (17,5% e 19%).

O FDP, que também faz parte do governo regional, perdeu muito terreno em relação às eleições de há cinco anos, para ficar com 7%.

A Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, que ganhou cerca de 4,5% a 4,9% fica de fora do parlamento regional, tal como Die Linke (A Esquerda), com menos de 2%.

O principal trunfo da CDU em Schelswig-Holstein é o seu líder, Daniel Günther, de 48 anos, que tem o maior índice de aprovação de qualquer estado alemão e que enfrentou, também, o candidato pouco conhecido do SPD, Thomas Losse-Müller.

Günther governa Schelswig-Holstein desde 2017, quando destituiu o SPD, e lidera a coligação “Jamaica”, numa referência às cores da bandeira daquele país, as mesmas da coligação entre a CDU, o FDP e os Verdes.

Desta vez, uma coligação com os Verdes poderia ser suficiente para manter Günther no poder, embora o FDP esteja ideologicamente mais próximo da CDU.

A Alternativa para a Alemanha de extrema-direita (AfD), que já fora descartada como eventual parceiro, ficou fora do parlamento regional, a primeira vez que o partido, entretanto representado nos 16 estados federados, não consegue reeleger deputados.

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