Bella ciao
Nos últimos meses, tenho pensado e lido muito sobre mulheres e o seu papel e, nas últimas duas semanas, dediquei-me especialmente a conhecer histórias de mulheres ucranianas que escolheram ficar e lutar.
Sentei-me ao computador, perto das seis da tarde, com o tema desta crónica perfeitamente definido na minha cabeça. Aliás, ainda escrevi dois parágrafos. Mas depois o João entrou aqui na sala a fingir que marchava, com uma colher de pau em cada mão, e a cantar com toda a força, num italiano adequado a um menino português de três anos, “o partigiano portami via, o bella ciao, bella ciao, bella ciao ciao ciao” e eu rendi-me às evidências. Esta crónica vai ao papel a 8 de Maio, data em que se tornou formal a derrota da Alemanha nazi, Dia da Vitória na Europa, e o meu filho mais novo passeia pela casa enquanto canta o hino da resistência italiana. Não há como fugir disto, verdade?
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