António Costa tem um problema

O caso de Igor Khashin escalou e exige uma só resposta: satisfazer o direito dos portugueses de saberem o que está em causa e como foi possível chegar a esse ponto.

A inenarrável história de Igor Khashin deixou de ficar suspensa da Câmara de Setúbal, que lhe permitiu acolher refugiados ucranianos e, supostamente, obter informações sensíveis sobre o paradeiro dos seus familiares. Deixou de ser apenas um sintoma de debilidade institucional do SEF ou do Alto Comissariado para as Migrações, que para lá de deixarem um cidadão de um país agressor acolher pessoas fragilizadas do país agredido, não escrutinaram devidamente os seus prováveis vínculos com o regime brutal de Moscovo. O caso chega agora ao próprio coração do Governo e coloca o primeiro-ministro numa posição desconfortável.

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