Guerra na Ucrânia hoje: o que precisa de saber
Volodymyr Zelensky não aceita governar uma “mini-Ucrânia”, exigindo, assim, que a Rússia se cinja ao território que detinha antes da invasão. Foram retirados 48 civis da fábrica Azovstal. Um alto responsável parlamentar russo diz que a Rússia vai permanecer “para sempre” no sul da Ucrânia. Este artigo será actualizado ao longo do dia.
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▶ As operações de evacuação do complexo siderúrgico de Azovstal, em Mariupol, permitiram a retirada de 48 civis durante o dia de sexta-feira. No total, três autocarros saíram da cidade em direcção a um centro de alojamento temporário em Donetsk e à cidade de Zaporizhzia.
▶ O Presidente ucraniano disse que nem todas as pontes diplomáticas com os russos estão quebradas, mas que não aceita governar uma “mini-Ucrânia”. Exige, assim, que a Rússia se cinja ao território que detinha antes da invasão.
▶ A Rússia vai permanecer “para sempre” no sul da Ucrânia, garantiu pela primeira vez um alto responsável parlamentar russo, Andrei Turchak. “Vamos viver juntos, desenvolver esta região rica, rica no seu património histórico, do seu povo que aqui vive”, assegurou.
▶ O autarca de Kiev aconselhou os habitantes da cidade a permanecerem em casa no domingo, dia anterior à celebração russa do Dia da Vitória frente aos nazis na Segunda Guerra Mundial. O recolher obrigatório ainda não está em vigor, mas os riscos de possíveis ataques russos durante o fim-de-semana são elevados.
▶ Para Volodymyr Zelensky, a cidade de Mariupol é “um exemplo de tortura e fome usada como arma de guerra”.
▶ Os esforços russos para controlar a fábrica Azovstal e Mariupol estão ligados às comemorações do Dia da Vitória e “ao desejo de Putin de ter um sucesso simbólico na Ucrânia”, divulgou o Ministério da Defesa do Reino Unido. O Kremlin afirmou que não sabe se haverá um desfile em Mariupol no dia 9 de Maio, mas que “chegará a hora de marcar o Dia da Vitória” na cidade.
▶ A fragata russa Almirante Makarov incendiou-se no Mar Negro na sequência de um ataque com um míssil lançado pelo exército da Ucrânia na quinta-feira, segundo as agências ucranianas.
▶ Ataques russos “destruíram ou danificaram quase 400 instituições de saúde: hospitais, maternidades”, entre outras, diz Zelensky, que acrescenta que em muitas regiões, como é o caso do leste e sul da Ucrânia, faltam até antibióticos básicos.
▶ Metade do território da Ucrânia está contaminado por minas e projécteis por explodir, de acordo com o primeiro-ministro, Denis Shmigal.
▶ Moscovo afirmou que a Polónia pode ser “uma fonte de ameaça". A Polónia tem liderado os apelos para que a União Europeia aumente as sanções contra a Rússia e para que a NATO arme a Ucrânia.
▶ A Hungria não pode apoiar o novo pacote de sanções da UE, que inclui um embargo às importações de petróleo russo. O primeiro-ministro, Viktor Orbán, considera que a proposta equivaleria a uma “bomba atómica” lançada sobre a economia do país e acrescenta que a Hungria precisa de cinco anos para poder transformar o seu sistema actual, que depende em cerca de 65% do petróleo russo.
▶ O Presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou um novo pacote de apoio militar à Ucrânia que vai incluir munições, artilharia e radares. O valor do pacote não foi revelado, mas uma fonte do Pentágono afirmou rondar os 142 milhões de euros.
▶ Mais de 5,7 milhões de refugiados deixaram a Ucrânia desde o início da invasão, avançou a ONU. De acordo com o Ministério Público da Ucrânia, 223 crianças morreram desde o início da invasão russa e 408 ficaram feridas.