City volta a Madrid em busca de nova final frente aos senhores da Champions

Equipa de Guardiola está em vantagem na eliminatória, mas Benzema já justificou em Inglaterra o estatuto de melhor marcador da competição.

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Carlo Ancelotti e Pep Guardiola discutem presença na final de Paris Reuters/JASON CAIRNDUFF

O Manchester City está de regresso a Madrid, onde, esta noite (20h, Eleven), poderá assegurar a segunda presença consecutiva na final da Liga dos Campeões. Depois de ter controlado a fúria do Atlético, chegou a vez de defrontar o sucessor do campeão, Real, recordista absoluto de conquistas na prova milionária, com 13 troféus, mas há uma “eternidade” longe das grandes decisões.

Tal como sucedeu frente ao Atlético, nos quartos-de-final, Pep Guardiola viaja com uma vantagem magra e com o recuperado Kyle Walker, mas sem John Stones. O triunfo inglês (4-3) na primeira mão não faz esmorecer a crença “blanca” de regressar ao maior palco, a que não acede desde 2018, quando bateu o Liverpool, fechando um ciclo de três conquistas consecutivas. Liderado por Benzema, máximo goleador da prova, com 14 golos — dois dos quais na última semana, em Manchester —, o Real Madrid tem o livro de receitas das reviravoltas, de onde saiu o apuramento frente ao PSG, nos oitavos-de-final.

Obviamente, ao City assiste o direito de pensar que pode repetir a vitória do Etihad. O Chelsea, na ronda anterior, venceu em Madrid (1-3), igualando a eliminatória, mas fraquejou no prolongamento.

Modric acredita que o melhor Real deverá ser suficiente para colocar os madrilenos, pela primeira vez desde a saída de Ronaldo, na rota de Paris. Confrontado com a afirmação do croata, Guardiola limitou-se a assegurar que esse é o sentimento de todos os profissionais de eleição em circunstâncias idênticas.

O Real Madrid pode orgulhar-se de possuir o único treinador campeão nas cinco principais Ligas da Europa, alguém que Guardiola diz respeitar, o que vinca a necessidade de colocar o Manchester em alerta máximo.

O líder da Premier League pode usar a experiência acumulada na competição, em especial os ensinamentos do ano passado, sem ignorar as memórias de 2016, quando foi afastado da final precisamente pelo Real Madrid, com um autogolo.

“Há que saber extrair o que se aprendeu com as experiências anteriores. Depois, todos os jogos são diferentes. No fundo, depende das sensações no dia do jogo, da inspiração e do desempenho. É bom já ter passado por momentos destes e saber como lidar com as situações. Ajuda sempre, mas não há garantias. Apenas a certeza de que teremos de estar ao nosso melhor nível para chegarmos à final”, resume o catalão que, há um ano, no Dragão, perdeu frente ao Chelsea. Adversário que nessa sua caminhada de sucesso deixou Real Madrid pelas meias-finais, com um empate (1-1) em Madrid, no Estádio Alfredo Di Stéfano, depois do triunfo (2-0) em Stamford Bridge.

Desta feita, o palco é bem mais grandioso, mas insuficiente para ganhar o jogo e a eliminatória.

Carlo Ancelotti tem uma visão clara, assegurando que “não basta coração” — numa alusão ao apoio do público — para dar a volta ao texto depois da derrota em Inglaterra, que até podia ter sido mais complicada.

“A qualidade individual e o compromisso colectivo são essenciais para chegar à final. Não podemos ganhar apenas com o coração e o empurrão do Bernabéu”, advertiu.

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