No Dia da Liberdade de Imprensa, Marcelo mostra-se preocupado com informação falsa das redes sociais

Presidente evoca importância do jornalismo mas alerta para as ameaças que o cercam: dificuldades financeiras, precariedade da profissão, falta de meios, mas sobretudo a substituição da leitura de notícias pelo consumo de conteúdos “simplistas” ou mesmo falsos das redes sociais.

Foto
Marcelo está preocupado com as fragilidades e dificuldades da imprensa Daniel Rocha

No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se comemora neste 3 de Maio, o Presidente da República evoca a importância do jornalismo em democracia e mostra-se preocupado com as “grandes dificuldades” vividas pelos órgãos de comunicação social, nacionais ou locais.

Entre os problemas que identifica, realça “a substituição da leitura de notícias pelo consumo de conteúdos nas redes sociais”. “Estes são conteúdos rápidos, simplistas e condicionados, muitas vezes com informação desvirtuada, sem contraditório ou mesmo falsa”, sublinha Marcelo Rebelo de Sousa numa nota publicada no sítio da Presidência.

Recorda também as dificuldades sentidas há muito pelos órgãos de comunicação social em geral, como seja “na sua capacidade económico-financeira, na precariedade muitas vezes associada à profissão, à capacidade de produção ou nos meios de cobertura disponíveis”. E lamenta o encerramento de imprensa escrita e de rádios a que se tem assistido a nível nacional, com perda de “proximidade de informação local e regional”.

“A par destes problemas, uns mais antigos que outros, deparamo-nos, nos últimos anos com mudanças estruturais na sociedade”, escreve o Presidente da República, sublinhando a importância do jornalismo na “situação pandémica sem precedentes”, durante a qual foi “a imprensa a responsável por fazer chegar a informação” a todos os portugueses. “Hoje, com uma nova crise associada à guerra, volta a ser a imprensa o meio fundamental e determinante para a transmissão da verdade dos factos”, frisa.

Considerando que “uma imprensa forte e livre significa uma Democracia forte e livre”, o chefe de Estado sublinha que “este desígnio foi, é, e sempre será um princípio que, mais que inscrito e salvaguardado pela Constituição, corresponde a uma efectiva realidade pela qual devemos todos os dias lutar”. “Assim, neste dia em que se comemora o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, importa deixar uma mensagem de determinação, de incentivo e de admiração a toda a imprensa portuguesa, sempre pela Liberdade e pela Democracia”, conclui.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários