Met Gala está de regresso para continuar a celebrar a moda americana
Os convidados dos Óscares da Moda são sempre uma incógnita, mas Lady Gaga, Jennifer Lopez, Kim Kardashian, Sarah Jessica-Parker, Cardi B, Gigi Hadid, Zendaya, Priyanka Chopra e Rihanna são das celebridades mais aguardadas.
A passadeira vermelha está ao nível dos Óscares e no Met Gala a promessa é sempre a de surpreender. Esta segunda-feira, 2 de Maio, é inaugurada mais uma exposição do Costume Institute, do Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque. O dress code pede aos convidados que não se inibam e apostem no glamour, com inspiração no final do século XIX e na moda americana. Os convidados são sempre uma surpresa, mas, entre as presenças mais esperadas, está a grávida Rihanna.
Depois de uma festa intimista (mas nem por isso menos extravagante) em Setembro passado, o Met Gala regressa ao seu calendário habitual — o evento acontece sempre na primeira segunda-feira de Maio. Religiosamente nesta data, as celebridades mais exclusivas vestem-se de acordo com o tema proposto pelo Costume Institute para a inauguração da nova exposição. Em anos anteriores, já se celebrou a religião, a cultura punk ou a China, por exemplo. Desta vez, continua a celebrar-se a moda norte-americana com a abertura da segunda parte da exposição An Anthology of Fashion (Uma antologia da moda, em tradução livre).
O evento é conhecido pelos coordenados icónicos que posam junto à escada do Museu. Em 2021, Kim Kardashian foi um dos destaques da passadeira vermelha totalmente coberta em preto, com uma criação assinada pela Balenciaga; e Billie Eilish surpreendeu pela feminilidade num vestido de baile, obra da Oscar de La Renta. Mas quem não se lembra do enorme vestido cor-de-rosa em camadas de Lady Gaga e do candeeiro de Katy Perry, em 2019? Ou de Sarah Jessica Parker, em 2018, quando levou uma peça de altar com um presépio incorporado na cabeça?
Ainda que a gala tenha sempre um tema, não há muitas regras na hora de vestir. Desta vez o curador do Costume Institute, Andrew Bolton, quis reexaminar a identidade americana e a moda nacional, numa exposição que dividiu em duas partes. As novidades agora apresentadas dividem-se por 13 salas que representam os períodos da história da moda. “As histórias reflectem sobre a evolução do estilo americano, mas também exploram o trabalho individual dos alfaiates, das costureiras e dos designers”, explica, à revista Vogue britânica.
Entre os nomes a figurar na mostra destacam-se os conhecidos Charles James ou Oscar de la Renta, mas há também outras personalidades que foram esquecidas no decurso da evolução da moda, entre elas muitas mulheres, lamenta Andrew Bolton. Como mote para a reflexão da exposição, o curador propôs a questão “Quem é que pode ser americano?”, dando a entender que tal condição será muito mais do que uma questão de nacionalidade. Bolton contou com a ajuda de realizadores de cinema para projectar a exposição e essa influência da sétima arte deverá também espelhar-se nos coordenados das celebridades, com vestidos dignos de um filme de época.
Quem é convidado e o que acontece na gala?
Anualmente, desde de 1995, a anfitriã do evento é a directora da edição norte-americana da revista Vogue, Anna Wintour. A ela juntam-se sempre algumas caras conhecidas para conduzir a cerimónia. Desta vez, a lista de anfitriões inclui a actriz Regina King, o actor Lin-Manuel Miranda, o casal Blake Lively e Ryan Reynolds, o designer Tom Ford e o executivo Adam Mosseri, director do Instagram.
Já quem vai desfilar na passadeira vermelha é sempre uma incógnita — são cerca de 600 convidados. Wintour e os criadores de moda convidam normalmente as celebridades que mais dão que falar. Lady Gaga, Jennifer Lopez, Kim Kardashian, Sarah Jessica-Parker, Cardi B, Gigi Hadid, Zendaya, Priyanka Chopra e Rihanna costumam fazer parte da lista dos convidados. Mas nunca faltam surpresas, como foi o caso da congressista norte-americana Alexandria Ocasio-Cortez, que aproveitou a gala de 2021 para passar uma mensagem política. No vestido estava escrito Tax the Rich (“taxem os ricos”, em tradução livre, ou numa tradução ainda mais livre: “os ricos que paguem a crise”).
É também um mistério o que se passa dentro da gala, já que a partilha de qualquer vídeo ou fotografia nas redes sociais é proibida. Sabe-se que além de uma visita à exposição, o serão inclui jantar e algum tipo de entretenimento — em 2019 Cher fez um tributo aos Abba e, no ano passado, foi a vez de Justin Bieber.