Portugal registou 57.267 casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 e 119 mortes associadas à covid-19, entre 19 e 25 de Abril, mostram os dados divulgados esta sexta-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS). Ambos os indicadores estão em queda em relação à semana anterior, quando foram identificados 60 mil casos e 139 óbitos ligados à doença. O R(t), o índice de transmissibilidade do vírus, está em 1,02.

Segundo o boletim epidemiológico semanal da DGS, em relação à semana anterior, houve também uma diminuição da incidência, uma redução de cinco por cento, para 556 casos por 100 mil habitantes. A região Norte foi a única que apresentou uma tendência crescente; Centro e Açores apresentaram uma tendência estável e todas as outras estão com uma tendência decrescente.

Há apenas um grupo etário com tendência crescente na incidência: o das pessoas com 80 anos ou mais. Mas o grupo etário com mais casos, proporcionalmente, foi o dos 30 aos 39 anos — com uma incidência de 632 casos por 100 mil habitantes, acima da geral.

Quantos aos internamentos, na última segunda-feira estavam mais três pessoas em unidades de cuidados intensivos, num total de 49. Por idades: 23 pessoas dos 60 aos 79 anos, 14 dos 40 aos 59 anos e oito com 80 ou mais anos. Há também quatro pessoas com menos 40 anos nos cuidados intensivos.

A tendência nos internamentos é de estabilidade e há ainda um total de 1208 doentes com covid-19 internados, mais de metade com 80 anos ou mais. Dos 1208 doentes internados, 47 têm menos de 40 anos.

O boletim refere também que, naqueles sete dias, morreram 92 idosos com mais de 80 anos, 19 pessoas entre os 70 e 79 anos, cinco entre os 60 e 69 anos e três entre os 50 e 59 anos.

Os dados da DGS vão até ao dia 25, quatro dias depois de entrarem em vigor as novas regras sobre a utilização de máscaras. Segundo o relatório de monitorização da situação epidemiológica, também divulgado hoje, “a epidemia de covid-19 mantém transmissibilidade muito elevada, com tendência estável”, com impacto reduzido nos internamentos e na mortalidade, apesar de a “mortalidade específica de covid-19 se encontrar acima do valor de referência definido pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC)”.

Duas novas linhagens da Ómicron a crescer

O relatório realça o aumento de circulação da linhagem BA.5 da variante Ómicron e de uma nova sublinhagem da BA.2, “que apresentam mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou na sua capacidade de evadir a resposta imunitária”. No entanto, a linhagem BA.2 da variante Ómicron continuava a ser dominante — apresentava uma frequência relativa estimada de 86,9% à data de 25 de Abril.