Xangai regista 52 mortes e o maior número diário de infecções por covid-19

A cidade chinesa regista o número mais elevado de casos positivos desde o início da pandemia.

Foto
Qualquer pessoa com resultado positivo, mas que não tenha sintomas, deve passar uma semana num centro de quarentena Reuters/STRINGER

A cidade de Xangai registou 52 novas mortes por covid-19, nas últimas 24 horas, e 5487 novos casos positivos, o número mais elevado desde o início da pandemia, anunciaram esta sexta-feira as autoridades. A Comissão Nacional de Saúde da China revelou que foram registados ainda 9545 casos assintomáticos em Xangai, a capital financeira do país.

Um surto de covid-19 em Xangai, no Leste da China, levou as autoridades chinesas a impor um confinamento quase total da cidade, com cerca de 25 milhões de habitantes, há cerca de um mês.

Os moradores de Xangai ficaram sem acesso a comida e necessidades diárias, face ao encerramento de supermercados e farmácias, e dezenas de milhares de pessoas foram colocadas em centros de quarentena, onde as luzes estão sempre acesas, o lixo acumula-se e não existem chuveiros com água quente.

Qualquer pessoa com resultado positivo, mas que não tenha sintomas, deve passar uma semana numa destas instalações, e os restantes cumprem isolamento no hospital.

O fluxo de produtos industriais também foi interrompido pela suspensão do acesso a Xangai, onde fica o porto mais movimentado do mundo, e outras cidades industriais, incluindo Changchun e Jilin, no nordeste da China.

A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou que o país registou ainda 47 casos positivos e dois assintomáticos em Pequim. A capital da China está a realizar testes à covid-19 para a maioria dos 21 milhões de habitantes da cidade.

Pequim encerrou também cinemas, bares de karaoke e outros locais de entretenimento e disse aos moradores para trabalharem a partir de casa e permanecerem nos bairros de residência ou numa área restrita.

A covid-19 causou mais de seis milhões de mortos em todo o mundo desde que a doença foi detectada, no final de 2019, em Wuhan, no centro da China. A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detectada pela primeira vez, em Novembro, na África do Sul.