Musk e a distopia do Twitter sem regras

Ou são as plataformas como o Twitter a programar os seus algoritmos para evitar que grupos extremistas, racistas ou intolerantes de todos os quilates causem danos sociais ou políticos, ou a lei geral jamais será aplicada neste mundo de buracos negros que é a internet

A proposta de compra da rede social Twitter feita por Elon Musk é um daqueles negócios condenados a moldar o futuro. Não pelo valor astronómico envolvido – 42 mil milhões de euros; mas por forçar um choque entre ideias iluministas como a liberdade de expressão e a voracidade da era digital. Entre uma rede social que procura (com raro sucesso, diga-se) bloquear informações danosas para as pessoas e a sociedade como é hoje o Twitter e a tese libertária de Musk não está apenas em jogo um plano de negócios: estão também em causa valores básicos da democracia e das sociedades abertas.

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