Max Verstappen conquistou esta sexta-feira a primeira pole position do ano - a 75.ª da Red Bull -, no Grande Prémio de Itália, na Emília Romanha, ao estabelecer a melhor volta ao circuito de Imola, com 1m17,999s, o que lhe garante o primeiro lugar da grelha de partida na primeira corrida “sprint” da temporada de Fórmula 1 de 2022.

No primeiro contacto da Fórmula 1 com a chuva não faltaram incidentes, com um recorde de cinco bandeiras vermelhas (a última a ditar o fim da sessão a 40 segundos do seu termo) e algumas surpresas ditadas pelas alterações meteorológicas, que no total somaram 40 minutos de atraso. O líder do Mundial de pilotos, Charles Leclerc (Ferrari), superou as dificuldades sentidas nos treinos livres, em que fez quatro piões, acabando por garantir o segundo melhor tempo, a 0,779 s de Verstappen, à frente de Lando Norris (McLaren), precisamente o piloto que precipitou o final da sessão.

Antes, Carlos Sainz, com um motor novo, parecia reunir todas as condições para ajudar a Ferrari a reforçar a superioridade da escuderia italiana, mas o piloto espanhol, que renovou até 2024, teve uma saída de pista que o levou contra as barreiras e deixou o F1-75 fora de combate para a discussão da pole position, apesar de ter conseguido o segundo melhor tempo na Q2, a 0,197s de Max Verstappen.

Com as nuvens a anunciarem o regresso da chuva, os pilotos precipitavam-se para a pista em busca do registo que garantisse um lugar na primeira metade da grelha de partida. Mas a bandeira vermelha provocada por Sainz traiu os propósitos de George Russell (Mercedes), Mick Schumacher (Haas), Lewis Hamilton (Mercedes), Guanyu Zhou (Alfa Romeo) e Lance Stroll (Aston Martin), que partirão por esta ordem na segunda metade da grelha para a corrida “sprint”, já que a chuva os impediu de conseguir um tempo entre os 10 primeiros.

Alguns pilotos ainda regressaram à pista para testar os pneus intermédios, mas o crivo estava feito. De resto, Lewis Hamilton evitara já, por quatro milésimos de segundo, a eliminação na primeira sessão de qualificação, depois de nos treinos livres não ter ido além do 18.º tempo, a mais de sete segundos do primeiro.

Com pneus de chuva, o piloto da Mercedes tinha lutado com a falta de aderência, o que melhorou no início da qualificação, já com a pista a secar, evitando o descalabro do GP da Arábia Saudita, em que não conseguiu passar da primeira fase de qualificação, embora se ficasse pelo 13.º lugar.

Antes, ainda, Alex Albon obrigara à interrupção da Q1. O aquecimento dos travões da roda traseira provocou uma “explosão” que deixou o piloto da Williams na última posição para a corrida “sprint".