Miguel Araújo, o rei das melodias em disco e concerto
Esta quinta-feira no Campo Pequeno, Lisboa, e a 21 e 22 de Maio no Pavilhão Rosa Mota, Porto, o cantautor celebra dez anos de carreira e apresenta Chá Lá Lá, o seu disco de singles inéditos.
Chá Lá Lá, lançado há algumas semanas, é o álbum que concentra “o lado mais pop e extrovertido” de Miguel Araújo. Ou seja, o lado que herdará, por ventura, a relação mais despudorada com a pop com mira radiofónica afinada que manteve enquanto membro de Os Azeitonas e que, há dez anos, quando lançou o primeiro álbum a solo, decidiu deixar em pousio. Porque na altura em que juntou as canções de Cinco Dias e Meio (2012), esse percurso a solo que então se iniciava era justificado, precisamente, pela inadequação do seu “lado mais melancólico” ao reportório da banda de Anda comigo ver os aviões. A divisão era fácil: a banda ficava com as canções solares, o músico solitário com aquelas que soavam mais outonais. Só que a divisão não se desfez mesmo depois de deixar Os Azeitonas e “a carreira a solo foi sofrendo do outro lado do espelho”, explica o músico ao PÚBLICO, “e, por alguma razão, não ia colocando nos álbuns as canções mais pop porque destoavam.”
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.