Festival Temps d’Images regressa a Lisboa na 20.ª edição
Festival multidisciplinar acontece entre 5 de Maio e 19 de Junho e apresenta quatro peças em estreia absoluta.
O festival Temps d'Images, que cumpre este ano a 20.ª edição, regressa a Lisboa em dois momentos, em Maio e no Outono, “com obras que explicam o cruzamento entre a arte ao vivo e a imagem”, anunciou esta quarta-feira a organização. O primeiro momento deste festival multidisciplinar acontece entre 5 de Maio e 19 de Junho e, de acordo com a organização, “apresenta seis peças, quatro das quais em estreia absoluta”.
A 20.ª edição do Temps d'Images arranca em 5 de Maio com a estreia em Lisboa, na Appleton, de DeGELO - Diamante Bruto, com criação e direcção artística e conceito de João Bento. A obra, com a qual o artista “pretende dar voz a uma causa fundamental, a preservação do planeta através da consciencialização para a importância da água”, poderá ser vista até 12 de Maio.
Entre 19 e 22 de Maio, o Teatro Meridional acolhe a estreia de Documentário, do colectivo SillySeason (Cátia Tomé, Ivo Saraiva e Silva e Ricardo Teixeira).
Em 26 e 27 de Maio, a actriz Leonor Cabral estreia na BlackBox do Centro Cultural de Belém Ciclone ("a partir dos diários meteorológicos do artista norte-americano Henry Darger, investiga a ascendência da condição meteorológica sobre a condição humana: o desejo de transformar, de criar ordem no caos, de procurar novas realidades”.
Também em estreia Mas onde está a espada?, de Isadora Alves, um trabalho site-specific “que examina o fenómeno do canto, milagre arquitectónico, seguindo a tradição das Corner Pieces tais como as de Joseph Beuys ou Bruce Nauman”, como s epode ler no comunicado divulgado pelo festival - apresentações nos dias 27 e 28 de Maio no Parque do Vale do Silêncio e no Alvito.
Para acabar com o julgamento de deus, mais uma estreia, que junta Jenna Thiam, Catarina Rôlo Salgueiro e Surma e pode ser vista entre 3 e 5 de Junho no Teatro do Bairro Alto (TBA). Este espectáculo é uma “emissão de rádio e experiência sensorial”, a partir da obra-testamento de Antonin Artaud. “Este poema radiofónico foi censurado na véspera da sua difusão, a 1 de Fevereiro de 1948; Artaud morreu um mês depois, deixando um legado de cartas que demonstram como se sentiu traído e incompreendido ao longo da vida. E 74 anos mais tarde, a figura do poeta maldito encontrou justiça e o seu génio incontestado plana sobre quem quer fazer e, como ele, transcender o teatro”, recorda a organização do festival.
O primeiro momento desta edição do Temps d'Images encerra com Anima, de Pedro Baptista, que terá apresentações no CAL-Centro de Artes de Lisboa, entre 16 e 19 de Junho.
O Temps d'Images é uma produção DuplaCena/Horta Seca, financiado pela Direcção-Geral das Artes e pela Câmara Municipal de Lisboa.