Exército de Israel mata palestiniano no campo de refugiados de Jenin

Autoridades israelitas dizem que o homem era um membro Brigadas de al-Quds, o braço armado da Jihad Islâmica. Primeiro-ministro de Israel dá “liberdade total” às forças de segurança para travarem aumento de violência em Israel.

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Segundo o Exército de Israel, o palestiniano era membro das Brigadas de al-Quds, o braço armado do movimento Jihad Islâmica EPA/ALAA BADARNEH

As forças de segurança de Israel entraram no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia, este sábado, e mataram um palestiniano e feriram outros 13. A operação fez parte da resposta israelita a mais um ataque em Telavive, na quinta-feira, em que foram mortos três israelitas.

O primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, anunciou que concedeu “liberdade total” às forças de segurança para travarem o recente aumento de violência na região.

Segundo o Exército de Israel, o palestiniano que foi morto este sábado é Ahmad al-Saadi, um membro das Brigadas de al-Quds, o braço armado da Jihad Islâmica. O Ministério da Saúde israelita avançou que 13 outros palestinianos ficaram feridos, incluindo uma jovem de 19 anos, que foi baleada no estômago.

Na sexta-feira, o Exército israelita anunciou a morte de Raad Hazem, de 28 anos, um palestiniano suspeito de ter matado três israelitas na quinta-feira, numa zona popular de Telavive.

Segundo os media de Israel, a operação de captura e morte de Hazem durou duas horas e começou quando o Exército israelita cercou a casa do pai do palestiniano, que se recusou a entregar-se.

Depois de terem entrado no campo de refugiados, este sábado, as forças de segurança israelitas lançaram uma operação em Burqin, perto de Jenin, para deterem o antigo prisioneiro palestiniano Nour al-Din Hamada. Segundo o site do canal Al-Jazira, duas pessoas ficaram feridas neste ataque.

Ao todo, 14 pessoas foram mortas em ataques em Israel desde 22 de Março, alguns cometidos por homens armados com ligações ao Daesh, ou inspirados pelo grupo islamista. No mesmo período, pelo menos dez palestinianos foram mortos pelas forças de segurança israelitas.

No dia 2 de Abril, as forças de segurança israelitas mataram três palestinianos numa operação em Jenin. Segundo as autoridades de Israel, os três homens eram membros armados da Jihad Islâmica e tinham sido os responsáveis por um outro ataque em Israel.

O ataque de quinta-feira surge no meio de um aumento das tensões durante o mês do Ramadão. No ano passado, os confrontos entre as forças israelitas e fiéis palestinianos na mesquita de Al-Aqsa, nos territórios ocupados de Jerusalém Oriental, antecederam uma ofensiva de 11 dias do Exército israelita na Faixa de Gaza.

Durante esses 11 dias, as forças israelitas mataram pelo menos 232 palestinianos, incluindo 66 crianças; e o lançamento de rockets pelo Hamas matou 12 pessoas em Israel, incluindo duas crianças.

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