Site do Continente já está operacional, depois do ciberataque

Piratas informáticos terão colocado informação comercial do Continente e da Wells na dark web, uma área menos acessível da Internet.

Foto
Grupo liderado por Cláudia Azevedo foi alvo de ataque na área da distribuição. Nelson Garrido

O site do Continente já está disponível nesta quarta-feira e outras aplicações afectadas pelo ataque informático de que a MC foi alvo a 30 de Março estão em fase de testes finais, como é o caso da app do cartão Continente ou do site da Wells.

“A MC informa que o Continente Online e a app Cartão Continente já foram repostos. Já é possível comprar online, consultar e utilizar saldo; visualizar, recuperar e usar cupões, consultar movimentos, vantagens, marcas associadas e informação sobre lojas e ainda beneficiar da caderneta de selos”, avançou a empresa ao início tarde.

A empresa do grupo Sonae (proprietária do PÚBLICO) diz contar ter “em breve disponíveis os restantes serviços da app Cartão Continente: recuperar transacções; Continente Pay e novas Adesões à app”.

A empresa reafirma, como já tinha feito em comunicado divulgado nesta terça-feira, no âmbito do ciberataque, que não há evidência de que os dados dos clientes tenham sido afectados. “No seguimento deste ataque, não há a evidência de que os dados pessoais de clientes tenham sido afectados. Esta constatação decorre do profundo trabalho forense que tem vindo a ser realizado nos últimos dias”, avançou a entidade em comunicado, acrescentando ainda que “os dados bancários associados ao serviço Continente Pay, continente.pt, wells.pt não estão nos sistemas da MC, pelo que esta informação não foi de todo comprometida, uma vez que é do domínio único e exclusivo das entidades financeiras.”

Entretanto, o Expresso avançou nesta quarta-feira que os cibercriminosos disponibilizaram “56 ficheiros na dark web com um total de 27 GigaBytes, alegadamente extraídos dos sistemas que suportam o site e o cartão do Continente, e o site da Wells”. E que “os ficheiros, aparentemente sobre o negócio em si e não sobre clientes, estão disponíveis para livre consulta e download de quem descobrir o site no denominado lado oculto da Internet”.

“Lamentamos todos os constrangimentos causados. (...). A MC está a trabalhar com as autoridades nacionais e internacionais para se identificar e punir os responsáveis por este acto criminoso”, lê-se no comunicado.

Nos últimos meses, várias empresas portuguesas foram alvo de ciberataques, como foi o caso da Impresa, da Vodafone Portugal ou dos laboratórios Germano de Sousa.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários