Passo a passo, subtilmente, o Tremor instala-se em São Miguel
A edição que marca o regresso depois das restrições pandémicas que marcaram o Tremor 2021 arrancou com o encantamento de Tristany e com violenta neurose urbana dos quenianos Duma. O público, em grande parte na sua primeira visita ao festival, prepara-se para a descoberta.
Não é que Ponta Delgada tenha, num repente, sido acometida de agitação e frenesim, com ruas invadidas por gente em bulício de festival urbano. Os sinais são subtis. Nota-se, por exemplo, na quantidade de gente que espreita para dentro dos restaurantes no centro histórico, na Rua dos Mercadores, nesta terça-feira, 19h30, em busca de uma mesa salvadora, difícil de encontrar aquela hora. Gente que leva no braço a pulseira que os identifica. Chegaram para o Tremor, o festival que irrompeu em São Miguel em 2014 e que, com a música como centro, foi agitando o tecido artístico local enquanto, edição após edição, se foi tornando mais vasto e abrangente. Chegaram para o Tremor e, assim sendo, sabiam onde tinham de estar um par de horas depois: às 21h30, Tristany daria arranque oficial, no Coliseu Micaelense, à edição 2022 do festival. Daí a pressa. Pressa calma, sem angústia, todos chegariam a tempo.
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