Os corpos desprendem-se, dois anos e meio após o último Tremor
A magnífica guitarra de Filho da Mãe, a quem se juntaram os igualmente primorosos Norberto Lobo e Ricardo Martins, proporcionou o primeiro grande concerto do Tremor ‘21. Já o grego Larry Gus pôs o público a dançar 30 meses depois da edição de 2019.
Programar a edição de 2021 do Tremor foi, segundo o co-director artístico Luís Banrezes, programar “uns dez Tremores diferentes”, tão desgastante se mostrou, pandemia oblige, o exercício de cancelamentos e recalendarizações em que consistiu a montagem do cartaz. Já inaugurá-la foi reanimar o festival açoriano após dois anos e meio de dormência forçada. Arrancou esta terça-feira, no Teatro Micaelense, com uma actuação que juntou a Escola de Música de Rabo de Peixe ao DJ e percussionista Jerry the Cat (nome artístico do septuagenário Jerrald James), a sétima edição de um dos primeiros festivais de música portugueses a tentar existir para lá (ou apesar) da covid-19. É também por estar a tentar guiar o barco e mostrar que a retoma do sector é possível que este Tremor ‘21 tem uma carga diferente dos anteriores. “Tenho a certeza de que os outros festivais do país estão a olhar para nós neste momento; querem perceber como é que é possível”, afirma João Banzeres, assumindo o peso da responsabilidade. “Queremos mesmo que as coisas corram bem.”
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