Portugueses vão pagar mais pela água com o fim das tarifas abaixo de custo
País precisa de investir 6,6 mil milhões na melhoria e manutenção da infra-estrutura nesta década, segundo o plano estratégico. Terá de aplicar o princípio do utilizador-pagador, com tarifas sociais para compensar
Num inquérito realizado em 2018 pelo grupo Águas de Portugal, a esmagadora maioria dos inquiridos recusava a ideia de que a tarifa da água fosse a melhor arma para moderar o consumo deste recurso, em Portugal. Mas num país em que muitos municípios ainda entregam água abaixo de custo, a estratégia nacional para esta década, no sector, avança para o fim desse cenário, o que pode levar a aumentos médios de até 50% dos preços a cobrar pelo abastecimento de um metro cúbico e pelo tratamento do respectivo efluente. A aplicação do princípio do utilizador-pagador, acomodada, nos casos de necessidade, pela tarifa social, é “essencial” para o equilíbrio de contas de um serviço no qual vai ser preciso investir idealmente, uns 6,6 mil milhões de euros até 2030.
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