Greenvolt entra no negócio do autoconsumo e comunidades de energia

A empresa presidida por João Manso Neto promete energia limpa e uma poupança mensal de pelo menos 20% para quem produz e para quem consome o excedente desta produção.

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A nova empresa Energia Unida propõe-se suportar 100% do investimento nos painéis solares Daniel Rocha

A Greenvolt anunciou esta terça-feira o lançamento de uma nova área de negócio destinada a produzir e partilhar energia renovável de fonte solar. A empresa presidida por João Manso Neto apresentou a Energia Unida, dedicada às comunidades de energia, que abarca a produção descentralizada de electricidade e o autoconsumo colectivo.

A empresa propõe-se prestar um serviço “chave na mão” e sem necessidade de investimento inicial para que os clientes produtores instalem painéis fotovoltaicos nos espaços disponíveis dos seus imóveis.

Os clientes produtores que não consumam a totalidade da energia solar produzida poderão partilhá-la com os clientes consumidores. À Energia Unida caberá fazer a gestão destas relações, sem que os intervenientes sejam obrigados a mudar de comercializador de electricidade.

Segundo a nova empresa, presidida por José Queirós de Almeida, a poupança será de “pelo menos 20%” no custo mensal com a electricidade, quer para os produtores, quer para os consumidores desta comunidade energética.

A partilha do excedente será feita “a um preço mais atractivo, nomeadamente com outras empresas, famílias e/ou entidades, num raio definido de acordo com a legislação (em média até 4 km)”, refere a Greenvolt.

“As comunidades de energia são a melhor forma para fomentar a produção de energia renovável de forma descentralizada, uma área com enorme potencial de crescimento numa sociedade cada vez mais ciente da importância de se fazer uso das fontes renováveis”, disse João Manso Neto, citado em comunicado.

A Energia Unida já tem alguns projectos no terreno, “contando com uma capacidade instalada correspondente a cerca de 3,1 MW [megawatts]”, que permitem evitar “a emissão de 1234 toneladas de gases poluentes para a atmosfera”.

Segundo a empresa, a primeira dessas comunidades foi constituída no edifício onde estão instaladas Greenvolt e Energia Unida.

A legislação que tornou possível introduzir em Portugal as comunidades de energia foi aprovada no anterior Governo e a sua disseminação deverá tornar-se cada vez mais visível.

De acordo com o programa do executivo para esta legislatura, uma das vias para aumentar a capacidade de produção de energia solar em pelo menos 2 Gigawatts nos próximos dois anos, será dar “continuidade aos leilões para novas centrais e à promoção e facilitação do autoconsumo e da criação de comunidades de energia”.

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