PP reúne-se em congresso extraordinário para eleger Feijóo para o lugar de Casado

Reunião do maior partido de oposição de Espanha arranca esta sexta-feira em Sevilha. Presidente da Xunta da Galiza vai ser eleito no sábado líder dos conservadores.

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Alberto Núñez Feijóo, actual presidente da Xunta da Galiza Miguel Vidal/Reuters

O 20.º congresso extraordinário do Partido Popular (PP) arranca esta sexta-feira, em Sevilha, e vai eleger Alberto Núñez Feijóo como novo líder no sábado.

O evento pretende mostrar uma imagem de “unidade” e de início de uma “nova etapa” no maior partido de oposição em Espanha, depois da profunda crise que pôs fim à liderança de Pablo Casado, que terá um discurso de despedida, após as intervenções dos ex-presidentes José María Aznar e Mariano Rajoy.

Depois de ter percorrido as 17 comunidades autónomas para explicar o seu projecto aos militantes – conseguindo o apoio de todos os barões territoriais do PP –, Feijóo será aclamado pelos membros reunidos em congresso, sobre o lema “Vamos fazê-lo bem”.

O evento incluirá uma homenagem à refundação do partido em 1990, em Sevilha. Há 32 anos, nestas mesmas datas, o então presidente, Manuel Fraga, passou o testemunho a José María Aznar. Agora, os populares voltam à capital da Andaluzia para um congresso de “reinício”, nas palavras do presidente do Comité Organizador, Esteban González Pons.

Depois de Fraga – que liderou a Aliança Popular e designou Aznar – e de Rajoy, o PP vai voltar a ter um líder galego.

Na primeira volta da votação para a liderança, Feijóo conseguiu 36.781 votos, que correspondem a cerca de 88% dos militantes inscritos. A segunda volta terá lugar no segundo dia do congresso e espera-se um resultado arrebatador para o presidente da Xunta da Galiza.

Alberto Núñez Feijó vai suceder a Pablo Casado, que abandona o cargo ao fim de quatro anos e que sai de cena depois de um braço-de-ferro, que perdeu, com a presidente da Comunidade de Madrid e estrela em ascensão do PP, Isabel Díaz Ayuso.

A guerra civil instalada no partido conservador levou à ascensão do Vox, de extrema-direita, ao segundo posto nas sondagens sobre as intenções de voto dos espanhóis.

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